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Comandados de Rogério Ceni chegam ao Palácio do Planalto

Com a chegada de Sidônio Palmeira ao Planalto, o Bahia empatará com Corinthians e Santos na preferência das autoridades

15 de janeiro de 2025

Por Caio Spechoto

A chegada de Sidônio Palmeira à Secretaria de Comunicação Social (Secom) do Palácio do Planalto marca uma nova correlação de forças na cúpula do governo – ao menos do ponto de vista futebolístico. A partir da posse de Sidônio, o Bahia empatará com Corinthians e Santos como time mais popular entre as principais autoridades do palácio presidencial. No público geral, torcedores dos dois clubes paulistas são bem mais numerosos que os do tricolor baiano.

Sidônio é torcedor fanático e já se envolveu na política interna do Bahia. Sua preferência futebolística é a mesma do ministro da Casa Civil, Rui Costa. O chefe da Casa Civil não costuma citar o time em seus discursos, mas reservadamente gosta de falar sobre o tema. Em 20 de março 2024, por exemplo, acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no jantar de aniversário do PT, mas estava ansioso para ver o clássico contra o Vitória que também seria realizado naquela noite pela Copa do Nordeste. O jogo terminou 2 a 1 para o Bahia.

O futebol paulista domina as preferências das autoridades do Palácio do Planalto. Lula e o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) são corintianos. O presidente menciona o clube vez ou outra em seus discursos. Padilha faz o mesmo, mas vai além. O ministro tem fotos assistindo a jogos da arquibancada e diz até ter feito uma doação para a vaquinha promovida por torcedores para pagar a dívida contraída pelo clube na construção do estádio. Costuma trocar impressões sobre os jogos e contratações do Corinthians com jornalistas nos minutos antes do início de entrevistas coletivas em que cinegrafistas estão preparando as câmeras.

Os outros torcedores de clube paulista com altos cargos no Planalto são o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Marcos Amaro, e o vice-presidente Geraldo Alckmin. Ambos são santistas. Alckmin costumava usar um caderno com o emblema do clube na capa em reuniões políticas. Em 2012, quando era tucano, governador de São Paulo e um dos principais líderes antipetistas do País, usou sua fama de santista para se esquivar de uma pergunta sobre os planos para a eleição seguinte, que seria disputada em 2014. “Sou candidatíssimo à presidência do Santos Futebol Clube”, declarou a jornalistas na época em tom de blague.

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