Vai ter Netflix em Marte?

Por Eliane Sobral

Em outubro do ano passado, Elon Musk surpreendeu o mundo dos gamers ao informar que tinha vencido o nível 150º do “Diablo IV”, um jogo tão difícil que os adeptos demoram meses para passar de fase. Nos fóruns da internet, ninguém duvidou quando Musk anunciou o feito. A dúvida era como ele conseguiu fazer isso em menos de 10 dias!

Musk tem empresas tão diversas quanto uma fabricante de carros elétricos, outra que produz foguetes, um palanque virtual, o Twitter, onde é extremamente ativo. Se engajou de corpo, alma e dinheiro – muito dinheiro – na  campanha vitoriosa de Donald Trump. Agora, está mergulhado na tarefa de cortar burocracia, custos e cabeças no governo federal americano. Como se fosse pouco, Musk é o candidato “natural” a virar o sócio americano do TikTok.  Ah, e ainda tem 12 filhos pra criar!

Ninguém sabe onde essa criatura arruma tempo pra tudo isso.  Fato é que ele não só arruma como ainda bota mais coisa na agenda.  

Musk anda dando pitacos em eleições alheias, promovendo campanhas da extrema-direita alemã, dando uma forcinha pra extrema direita francesa e todo apoio do mundo à agenda de Giorgia Meloni, a primeira ministra da Itália por quem, dizem as más línguas, Elon tem uma queda que seria um verdadeiro tombo! Enfim…

Ele agora anda dizendo que seu próximo projeto – mais um – é a colonização de Marte. Não duvide. Estamos falando de Elon Musk, o cara mais poderoso do mundo. Se não, vejamos: ninguém tem tanto dinheiro quanto Musk – fortuna avaliada em US$ 240 bilhões, benza Deus – o ‘mandato’ dele dura mais que quatro anos, seu megafone é ouvido no mundo inteiro e os efeitos de suas ideias vão muito além de deportações e tarifas de comércio exterior.

Goste-se ou não, Elon Musk é o cara. É ele quem vai representar nossa era, como o foram Nero, Hitler, Mussolini, Gandhi, e Mandela, entre tantos outros, no passado.

Claro que com tanto poder, Musk tem atraído inveja e mau olhado. Não tá nem aí. Na posse do amigo Trump, apareceu mais que Melania Entediada Trump e seu magnífico sombreiro, rendendo muito mais espaço na imprensa mundial que o figurino da bela primeira-dama. Disseram que usou a saudação nazista no Capital One Arena. Mandou o pessoal procurar o que fazer enquanto ele próprio dá andamento a seu projeto de disseminação da ideologia que defende. Se você não viu a série distópica The Handmaid´s Tale, veja. Quem garante que já teremos Netflix instalada quando chegarmos em Marte.