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Companhias estão no início da jornada para transformar potencial da nova tecnologia em aplicação prática
11 de março de 2025
Por Circe Bonatelli*
Embora a inteligência artificial (IA) generativa ocupe o centro do tabuleiro no mundo dos negócios, as empresas ainda estão no começo da jornada para transformar o potencial da nova tecnologia em aplicações práticas. Isso ficou claro na Mobile World Congress (MWC), feira de telecomunicações realizada em Barcelona na última semana.
“Quando se fala de IA, o que se propaga são as suas possibilidades. Neste momento, as aplicações estão dando seus primeiros passos”, analisou o presidente da Ericsson no Cone Sul da América Latina, Rodrigo Dienstmann, em entrevista ao Broadcast. Ainda assim, já existem casos de sucesso, como ChatGPT e seu mais novo rival, o Deepseek, ponderou o executivo.
Dienstmann estimou que a evolução da IA tende a ganhar mais tração daqui para frente graças à difusão da internet 5G, que permitirá um tráfego de dados mais rápido e em volume maior. Isso vai ajudar a destravar aplicações por parte de usuários em movimento.
“Agora temos uma rede de transmissão rápida, dispositivos avançados e uma inteligência com grande capacidade de processamento. Então, temos tudo para evoluir”, previu.
O estande da Ericsson na MWC reuniu aplicações de IA para empresas – como gestão automatizada das redes de internet – e um bom espaço para produtos de parceiros voltados aos consumidores finais, como parte de um esforço para aproximar a inovação do grande público.
Lá estava, por exemplo, última safra de óculos inteligentes, como o Ray-Ban Meta, o Xreal Air e o Even G1, todos já lançados comercialmente na Europa. Esses óculos são capazes de identificar objetos, fazer pesquisas e responder perguntas em áudio. Para os usuários, a sensação é de ter o ChatGPT ‘colado’ nos olhos e ouvidos.
O vice-presidente de Relações Públicas da Huawei para a América Latina e Caribe, Atílio Rulli, considerou que os fornecedores de tecnologia ainda têm muita coisa a desenvolver para a IA se espalhar pela vida real. “Já existem muitos casos de uso, mas ainda há muito a ser feito. Tem muito mais pela frente do que para trás”, disse.
Uma pesquisa recente da consultoria KPMG mostrou que 55% dos CEOs consideram a implementação da IA um grande desafio. Uma das razões para isso está na dificuldade de empregar a tecnologia em soluções customizadas para o dia a dia das empresas. Esse quadro, entretanto, tende a ser reduzido pouco a pouco.
A Huawei, dona do maior estande na MWC, exibiu desde equipamentos de telecomunicações até produtos finais com IA integrada. Entre eles estava o primeiro celular do mundo dobrável em três partes, o Mate XT, feito para rivalizar com IPhone 16.
Além disso, a Huawei anunciou que lançará no Brasil o seu sistema de IA generativa com versão em português. A ferramenta, chamada Pangu, será voltada a clientes empresariais de diferentes setores, como mineração, transportes, logística, agricultura, entre outras.
A IA da Huawei é capaz de ler uma base de dados e processar as informações para resolver tarefas que o ser humano levaria muito tempo. Com isso, promete ajudar no ganho de produtividade e corte de custos.
Também no MWC, a Honor divulgou um plano de investimento de US$ 10 bilhões, ao longo dos próximos cinco anos. Com isso, a fabricante chinesa de celulares busca se transformar em uma “empresa de dispositivos de inteligência artificial”. Ou seja: toda a sua linha de aparelhos – celulares, notebooks, tablet, relógios digitais e fones de ouvido – vão girar em torno da nova tecnologia. “O investimento é um reflexo da nossa confiança no potencial da tecnologia de dispositivos de IA”, afirmou o presidente da Honor, James Li.
Por sua vez, a China Mobile também declarou que está focada na IA, buscando se consolidar uma empresa de serviços digitais e de informação, indo muito além da internet, indicou o presidente da China Mobile, Biao He, no painel de abertura da MWC.
* O jornalista viajou a Barcelona a convite da Huawei
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