Agronegócios
26/10/2023 11:46

Abimaq CNA/Agricultura/Renata Miranda: programa Rural + Conectado levou cobertura para mais de 19 milhões no Nordeste


Por Audryn Karolyne

São Paulo, 26/10/2023 - O Programa Rural + Conectado, lançado em setembro em parceria do Ministério da Agricultura com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), já levou cobertura de internet para mais de 19 milhões de pessoas no Nordeste, disse a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Renata Miranda, no Seminário Soluções para Conectividade, realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília. Segundo a secretária, o avanço no Nordeste representa a primeira fase do programa, lançado este ano. A parceria é com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).

“O papel do Estado tem que entrar onde o setor privado não tem interesse e cobrir essa demanda”, disse Renata Miranda sobre a necessidade de ampliar a conectividade em áreas rurais. Nesse sentido, ela também citou o projeto Torres Rurais, que visa chegar a amplitude de cobertura de 48%, o qual será levado à próxima reunião do Ministério da Agricultura com o Fust. O projeto tem entre seus objetivos apresentar 125 torres novas, upgrade para 4G nas já existentes e revitalização de 150. O Rural + Conectado também pretende chegar a sua segunda fase, com um montante não reembolsável de R$ 400 milhões por ano através de oportunidades do Fust.

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, no mesmo evento, garantiu que a conectividade no agro tem sido prioridade da pasta, assumindo compromisso de cobertura de todos os municípios do Brasil até 2028. Filho disse ainda que o ministério trabalha em uma linha de crédito específica para a conectividade no agronegócio. Outro ponto citado foi o eixo de infraestrutura do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para conectividade e inclusão digital. Ele também mencionou a necessidade de levar internet às escolas públicas que ainda não têm acesso, o que pode contribuir, inclusive, para evitar a evasão dos mais jovens de áreas rurais e dar continuidade ao negócio de famílias de pequenos agricultores.

“Muitos jovens deixavam o campo por não ter como acessar a educação, por exemplo”, afirmou o secretário de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental no Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura (MDA), Moisés Savian, sobre a sucessão da agricultura familiar. De acordo com ele, a distância de propriedades rurais e centros de pesquisa chama a atenção. “Hoje o agricultor é um pesquisador, ele busca informação, ele está extremamente envolvido com esse ambiente tecnológico”, disse.

Para o presidente executivo da Abimaq, José Velloso, o campo é sinônimo de tecnologia,
e tecnologia demanda conexão. Segundo ele, o acesso pode oferecer dados valiosos, inclusão de camadas mais pobres e contribuir, até mesmo para desenvolvimento da indústria, saneamento, turismo e comércio. Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial da Abimaq, também considerou que a falta de acesso à tecnologia cria um gargalo para aumentar a exportação de alimentos para o mundo, visto que também representa desafio para a produtividade. “A agropecuária está vivendo em todo mundo um novo ciclo de desenvolvimento que muitas vezes contrasta com a falta de estrutura dos municípios brasileiros”, resumiu João Martins, presidente da CNA, em seu discurso de abertura.

Contato: audryn.karolyne@estadao.com
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