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Calma, ainda não desafinou

Ações da Nvidia caíram 8% no after hour das bolsas de NY na quarta-feira

29 de agosto de 2024

Por André Marinho

A Nvidia teve um segundo trimestre classificado como sólido pelo Bank of America (BofA): os lucros e as receitas mais que dobraram na comparação anual, as projeções para o ano fiscal melhoraram e a demanda pelos chips de inteligência artificial demonstraram contínua força.

Mas sólido não é suficiente para investidores acostumados com números espetaculares da empresa que se tornou a “queridinha” de Wall Street.

As ações chegaram a cair 8% no after hour das bolsas de Nova York nesta quarta-feira, após a divulgação do balanço. Os mercados não gostarem nem um pouco dos alertas sobre os gargalos na produção dos chips da linha Blackwell, a grande aposta do momento para geração de caixa.

No entanto, quem abriu a tela do Broadcast hoje cedo percebeu que a apreensão com as perspectivas da Nvidia não contaminou as demais ações nas bolsas de Nova York. Pelo contrário: o índice VIX, espécie de “termômetro do medo” em Wall Street, despencava cerca de 10% durante a manhã, na casa dos 15 pontos – nível associados a momentos de maior tranquilidade nas mesas de operações.

Dados positivos de atividade e emprego nos Estados Unidos ajudam a explicar parte do ambiente relativamente calmo. Mas há razões para acreditar que os resultados da Nvidia não foram o fim do mundo, e nem devem reverter muito da escalada de 140% que a ação acumula no ano até o momento.

Diversas casas de análise reiteraram a recomendação de “compra” do papel e elevaram o preço-alvo. O BofA, por exemplo, considera a reação negativa um simples “ruído”, sem afetar consideravelmente as “singulares” oportunidades de crescimento da companhia.

Hoje cedo, matéria do repórter Gabriel Tassi Lara mostrou ao leitor do Broadcast que a euforia em relação à IA continua garantida – mesmo que a festa tenha ficado, por ora, um pouquinho menos animada.

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