Uma mistura de pistache, castanha do Pará e doce de cupuaçu: não tem como dar errado
14 de janeiro de 2025
Por Célia Froufe
No mês de novembro, quando a maior conferência mundial sobre o clima será realizada, a cidade de Belém tem temperaturas entre 24º e 32º. Mas é um sucesso gelado que tem garantido a felicidade dos belenenses e turistas desde um ano antes: o sorvete COP-30, uma mistura dos sabores pistache, castanha do Pará e doce de cupuaçu.
Lançado exatamente um ano antes do evento, é um dos nomes mais pedidos – e, sem dúvida, o mais comentado – na sorveteria mais conhecida da cidade e que já ganhou até fama internacional pela oferta de sorvetes com frutas regionais. “É o poder da mídia”, comentou um funcionário de uma das 13 unidades na capital paraense – há uma também em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Além do COP-30, a sorveteria também oferece sabores como mestiço, céu azul, carimbó, paraense e cairu – todos com misturas de ingredientes mais conhecidos e locais – além dos tradicionais e dos regionais, como cupuaçu, tapioca e murici.
O sorveteiro também explicou que a mistura dos sabores do COP-30 foi complicada no começo. “A massa não ganhava consistência. Tínhamos de fazer a encomenda para a fábrica com mais de 24 horas de antecedência, que era para o sorvete ficar firme na geladeira. No início, só o servíamos no copinho, e não na casca, mas isso foi sendo acertado com o tempo.”
A Conferência do Clima no Pará vem sendo chamada de “a COP da Amazônia” e promete ser a maior edição dos últimos anos. Pelo menos, prometia até a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos. O futuro presidente dos Estados Unidos é contrário a eventos multilaterais e tem ressalvas sobre o debate das mudanças climáticas. Belém se transformou num canteiro de obras e há o temor de que não tenha como hospedar todos os participantes do evento. Até o final do ano, o melhor é pedir um COP-30 e esfriar a cabeça.
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