Inflação do Super Bowl

Por Aline Bronzati

Milhões de pessoas vão embarcar na mesma programação no próximo domingo: assistir ao Super Bowl LIX. Chame os amigos e prepare os snacks porque o show vai começar. No ano passado, a final do campeonato da National Football League (NFL), principal liga de futebol americano dos Estados Unidos, atraiu mais de 120 milhões de espectadores e voltou a ampliar o seu público, na contramão da queda vista em anos anteriores.

A economia em torno do Super Bowl também se expandiu. No ano passado, o custo médio de um anúncio de 30 segundos foi de US$ 7 milhões (mais de R$ 40 milhões), número similar a 2023. Mas é bom lembrar quão elevado é o patamar. E se comparado a 2021, houve um aumento de 13%.

Ao longo dos anos, o campeonato de futebol americano foi se tornando cada vez mais valioso. De acordo com um estudo do banco americano Wells Fargo, enquanto o número total de espectadores triplicou desde a estreia, em 1967, o custo médio ajustado pela inflação de um anúncio de 30 segundos na final da liga agora é quase 15 vezes maior.

Há diferentes razões para a inflação em torno do Super Bowl e que vão desde mudanças nas regras bem como o nível de estrelismo nos jogos, incluindo a megastar Taylor Swift. A cantora namora Travis Kelce, um dos grandes nomes da NFL, e tem marcado presença no evento desde o início do romance.

Para o Wells Fargo, o surgimento da dinastia do Kansas City Chiefs liderada por Patrick Mahomes é provavelmente a força motriz do Super Bowl. Neste ano, eles buscam a terceira vitória consecutiva, algo inédito na história do futebol americano. E são os favoritos. Na economia, Kansas City também tem renascido e superado boa parte de seus pares do Centro-Oeste americano.

Já o Philadelphia Eagles vai tentar vingar a derrota de 2023 para os Chiefs. A economia da Filadélfia também vai muito bem, obrigada, com baixo nível de desemprego e sólido crescimento do mercado de trabalho local. Apesar de favoritos, os Chiefs vão enfrentar o pior rival da temporada de 2025. O vencedor precisará acertar mais – ou, talvez, fará mais diferença errar menos -, além de fazer uma bela defesa. O Wells Fargo espera que os Eagles derrotem os Chiefs por 31 a 17.