Comenta-se à boca pequena em Washington que aliados de Trump sugerem 'doações' entre US$ 10 e US$ 15 milhões
16 de janeiro de 2025
Por Eliane Sobral
Mais badalado que casamento da família real britânica, mais concorrido que ingresso para ver Taylor Swift… Não seria elegante dizer que os convites para as festas da posse de Trump estão sendo disputados à tapa. Os eventos são jantares e bailes de gala, e não ficaria bem imaginar cavalheiros trocando sopapos e amarrotando seus smokings forçando a entrada em pelo menos um deles.
Todos os convites para as mais de 20 comemorações ‘oficiais’ pela volta de Trump à Casa Branca estão esgotados. Quem diria! Na primeira posse, em 2017, Trump foi acusado de manipular a foto da massa presente ao The Mall, em frente ao Capitólio, inflando, e muito, o número de populares. Quem não lembra? Embora aqui seja diferente: são doadores corporativos que querem ‘estreitar relacionamento com a nova administração’.
Frequentadores assíduos do S&P 500, como JP Morgan, McDonald´s, Comcast, Delta Air Lines entre outras, contribuíram com US$ 1 milhão cada. Uma ninharia, diz a imprensa americana, dando conta de algumas empresas já assinaram cheques de US$ 5 milhões e até US$ 10 milhões.
Como as leis de mercado são tão implacáveis quanto as leis da física: todo mundo quer ir, mas não cabe todo mundo e quando a demanda é muito maior que a oferta, os preços disparam.
Comenta-se à boca pequena em Washington que aliados de Donald estão ‘solicitando’ doações entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões para garantir algum lugar aos interessados. Um absurdo? Que nada, tiveram que fazer lista de espera para tentar acomodar todo mundo – será que vão improvisar algum puxadinho?
De acordo com o comitê de organização, mais de US$ 200 milhões já foram arrecadados. As sobras vão para organizações não governamentais ligadas ao novo presidente. Pela legislação americana, esses comitês são obrigados a divulgar o nome dos doadores, mas as ONGs não.