Considerados ameaça à segurança do presidente, aparelhos são abatidos
6 de setembro de 2024
Por Caio Spechoto
Um segurança da Presidência da República abriu uma caixa parecida com um case de guitarra próximo à plateia para a qual Lula estava prestes a discursar em Goiânia nesta sexta-feira, 6. Tirou de dentro dela uma arma enorme, com cara daquelas de filme de ficção científica. Apontou para um drone que sobrevoava o local e apertou o gatilho.
Não há barulho ou munição disparada. As armas que abatem drones são eletrônicas, causam interferência no aparelho e o fazem pousar independentemente da vontade do operador. A cena do drone baixando vagarosamente frustrou alguns dos presentes, que filmavam tudo. Eles aguardavam uma queda cinematográfica. A descida é tão lenta que o segurança teve tempo de guardar a arma antes de o aparelho chegar ao solo.
A preocupação dos seguranças de Lula com esses objetos voadores controlados remotamente é maior nos compromissos externos do presidente. Ainda assim, eventualmente é possível ver operações semelhantes próximas ao Palácio do Planalto. No evento de hoje não houve grandes intercorrências – Lula discursou normalmente e voltou para Brasília.
Há ao menos um precedente no mundo que explica a preocupação da equipe de segurança do chefe de Estado com esses aparelhos. Em 2018, o discurso do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em uma cerimônia militar foi interrompido por uma explosão. De acordo com o regime venezuelano, trava-se de um ataque com drones carregados de explosivos.
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