Aguardado há semanas, anúncio de Gabriel Galípolo no Planalto foi relâmpago
28 de agosto de 2024
Por Caio Spechoto
Todos os jornalistas de Brasília sabiam que, mais cedo ou mais tarde, Gabriel Galípolo seria indicado para a presidência do Banco Central. A dúvida era quando. Às 15h14 da quarta-feira, 28, uma das assessoras de imprensa do Palácio do Planalto foi até a sala onde os repórteres que cobrem o cotidiano do presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalham. “O ministro Fernando Haddad e Gabriel Galípolo vão descer para fazer um comunicado”, disse ela. Todo mundo entendeu na hora o que seria dito.
Haddad e Galípolo haviam acabado de ter uma reunião com Lula – o encontro não estava na agenda oficial do presidente – antes do anúncio. Repórteres, cinegrafistas e fotógrafos foram para o local onde os “quebra-queixos” (entrevistas coletivas improvisadas) são dados. A equipe do Planalto isolou com fitas de organizar filas o caminho que ambos fariam entre o elevador e o púlpito para reduzir as chances de jornalistas os abordarem com perguntas antes ou depois do comunicado.
“O presidente da República me incumbiu de fazer um comunicado, de que hoje ele está encaminhando ao Senado Federal, para o presidente Pacheco e o senador Vanderlan, presidente da CAE, o indicado dele para a presidência do Banco Central, que vem a ser o Gabriel Galípolo”, disse Haddad às 15h25.
O indicado falou poucas palavras. Disse que a indicação era uma honra e uma responsabilidade. Às 15h27, 13 minutos depois do chamado para o anúncio, os dois foram embora.
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