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Recursos devem ser dedicados a data centers e equipamentos, como unidades de processamento gráfico
15 de fevereiro de 2025
Por Ricardo Leopoldo
A corrida pelo domínio do mercado de inteligência artificial deve levar as sete maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos – Apple, Amazon, Alphabet, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla e a ampliar seus investimentos em 37% neste ano, de um total de US$ 246,9 bilhões em 2024 para US$ 338,7 bilhões. Os recursos devem ser dedicados sobretudo para data centers e equipamentos, como unidades de processamento gráfico (GPU, na sigla em inglês).
Para estas companhias, conhecidas no mercado como as “7 Magníficas”, o avanço dos investimentos é fundamental para descobrir no futuro a inteligência artificial generativa (AGI, na sigla em inglês), que levaria o computador a ter um raciocínio ao menos igual ao do ser humano. “A AGI pode ser alcançada em menos de 5 anos, o que faz com que estas empresas dediquem agora muitos recursos para ser pioneiros nesta tecnologia”, afirmou Gus Zinn, gestor sênior de portfólio da Macquarie Asset Management.
Empresas de tecnologia se aproximaram do presidente americano Donald Trump, que defende a desregulamentação econômica e que os Estados Unidos tenham a hegemonia mundial da inteligência artificial. Contudo, especialistas internacionais no setor entrevistados pelo Broadcast destacam que não é possível estimar como a relação destas grandes companhias com a Casa Branca ajudará a elevar os lucros e os preços de suas ações neste ano.
“As 7 Magníficas têm modelos de negócios bem maduros que geram um enorme fluxo de caixa e permite construir proteções ao redor de seus negócios. Eles podem investir muito e até comprar novas tecnologias e concorrentes”, disse Scott Chronert, chefe de pesquisas de equity para os Estados Unidos do Citi.
A decisão das grandes empresas de tecnologia de ampliar os investimentos neste ano não foi abalada pelo surgimento do DeepSeek, um aplicativo chinês de inteligência artificial que anunciou recentemente ter criado um grande modelo de linguagem tão eficiente quanto o ChatGPT, da OpenAI, por uma pequena fração do seu custo.
Além de buscar a inteligência artificial generativa, as 7 Magníficas têm um poder de mercado tão significativo que poderão ser beneficiadas pela queda expressiva das despesas no desenvolvimento de modelos de linguagem, o que poderá tornar acessível a inteligência artificial a empresas de médio e pequeno porte pelo mundo.
A Amazon quer investir US$ 100 bilhões em 2025 para continuar seus projetos em inteligência artificial, quantia superior aos US$ 78 bilhões do ano passado. “A companhia tem um negócio muito bem estabelecido. A Amazon está trabalhando para desenvolver um chip próprio, que poderá permitir ser mais independente no espaço da inteligência artificial”, afirmou Georgina Gregory, gerente de portfólio da Newton Investment Management.
Ela prevê que as receitas da companhia devem subir de US$ 637 bilhões em 2024 para US$ 700 bilhões em 2025 e os lucros por ação devem aumentar 20% neste ano.
Também com um grande foco em IA, a Alphabet quer elevar suas despesas de capital de US$ 52 bilhões no ano passado para US$ 75 bilhões em 2025. O Google tem apresentado uma boa rentabilidade aos seus acionistas, mas investidores têm dúvidas se a empresa começará a gerar maior retorno logo, sobretudo no negócio de nuvem, onde a Microsoft e AWS obtêm margens extraordinárias.
“Neste ano, o Alphabet precisará ter maior determinação para cortar custos e ampliar o lançamento internacional de produtos em inteligência artificial”, disse Eric Benoist, analista de tecnologia e pesquisa do banco Natixis.
A Microsoft deve ter investimentos de US$ 75 bilhões em 2025, acima dos US$ 56 bilhões apurados em 2024. “Por muitos anos a empresa tem tido um grande disciplina na alocação de recursos e tem um imenso montante de dinheiro no seu balanço. Ela possui uma franquia e plataforma de produtos muito fortes e está bem posicionada para atender a demanda dos clientes”, afirmou Georgina Gregory.
A Meta pretende investir de US$ 60 bilhões a US$ 65 bilhões este ano, principalmente para tornar a Meta AI um serviço frequente até dezembro para um bilhão de usuários das suas plataformas, entre elas o Facebook e WhatsApp, como apontou recentemente seu presidente Mark Zuckerberg.
“Ainda não sabemos exatamente o que o uso da Meta AI significará para o público em 2025, se será um produto de busca em que perguntas poderão ser feitas ao serviço de inteligência artificial e junto com as respostas serão exibidos anúncios, como ocorre hoje com a busca do Google, ou se oferecerá aos consumidores outros aspectos de seus hábitos de uso do computador”, comentou Eric Sheridan, co-líder da unidade de negócios do grupo de pesquisa de tecnologia, mídia e telecomunicações do banco Goldman Sachs.
A Nvidia também deve ter uma expansão expressiva de investimentos neste ano que deverá subir de US$ 3 bilhões em 2024 para US$ 4,7 bilhões, estima Timothy Arcuri, analista de semicondutores e equipamentos nos EUA do banco UBS. “Tenho uma visão otimista do próximo ciclo do produto Blackwell, um servidor completo, o que querem todas as companhias que atuam em negócio de nuvem”, disse Arcuri. Com o Blackwell, ele projeta uma grande expansão do resultado líquido da Nvidia, que para ele subirá de US$ 76 bilhões em 2024 para US$ 133 bilhões neste ano.
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