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Movimento, segundo Broadcast apurou, é tentativa de conter repercussão no setor
15 de outubro de 2024
Por Luciana Collet, Wilian Miron e Renan Monteiro
As distribuidoras de energia se mobilizaram para ajudar a Enel SP a restabelecer o fornecimento de eletricidade a 100% dos consumidores afetados pelo apagão ocorrido na última sexta-feira, 11, após a tempestade que afetou a região metropolitana de São Paulo. Segundo fonte próxima às companhias, as empresas enviaram equipes de campo para colaborar na religação de clientes, de modo a evitar que “o problema deixe de ser localizado e passe a ser de todo o setor”.
A avaliação é de que, quando um problema dessas proporções atinge uma distribuidora, há reflexo na imagem de todo o segmento de distribuição. “O problema enfrentado pela Enel ganhou as manchetes de diversos veículos, isso traz holofote para o setor, e se eu eventualmente tiver um problema, pode inflar aqui mais do que deveria”, disse um executivo do setor na condição de anonimato. “A Enel está em uma crise de imagem grande, mas reverbera para a gente também”, acrescentou.
De acordo com uma pessoa que participa das conversas sobre a colaboração entre as empresas e que falou com o Broadcast Energia na condição de anonimato, mais 400 profissionais de outras distribuidoras foram disponibilizados para colaborar com os trabalhos da Enel SP. O número se soma aos quase 2,5 mil funcionários que a própria companhia destinou para o restabelecimento dos clientes ainda afetados. O grupo italiano trouxe a São Paulo profissionais de suas outras distribuidoras – no Ceará e no Rio de Janeiro, além de especialistas de suas distribuidoras no Chile, Itália, Espanha e Argentina, – para ajudar nos trabalhos.
Na tarde de hoje, a Enel confirmou que recebeu reforço de equipes de empresas como Light, Neoenergia/Elektro e EDP, para atuar na área de concessão da companhia e que o número de profissionais em campo chegará a 2,9 mil técnicos.
“Tem um desafio também em coordenar tanta gente, tem hora que não adianta tantos profissionais de fora que não conhecem a rede e não estão habituados com as suas complexidades”, disse a fonte.
Representantes de CPFL Energia, EDP, Energisa, Light e Neoenergia, além de executivos da Enel, estiveram reunidos com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na manhã de hoje para discutir uma força-tarefa das distribuidoras para enfrentar a situação. Após a reunião, o ministro afirmou que deu três dias para a Enel resolver problemas de “maior volume”, ou seja, até a quinta-feira, deve ter reconectado praticamente todos os consumidores.
O temporal registrado na última sexta-feira foi combinado com fortes ventos, de mais de 107 km/h, ocasionando o desligamento de 17 linhas de alta tensão e 11 subestações. Mais de 2,1 mil consumidores ficaram sem luz na área de concessão da Enel SP. No início da tarde desta segunda-feira, 400 mil ainda estavam sem luz.
Distribuidoras do interior do Estado também foram afetadas. A CPFL informou que mais de 200 mil clientes foram desligados. No entanto, no sábado, 100% dos clientes já tinham sido religados. A EDP SP também teve problemas, mas informou que os consumidores afetados pelo evento já tiveram o fornecimento de energia restabelecido ao longo do fim de semana.
Um executivo do setor que opera em outras áreas de concessão evitou fazer comentários sobre a completa retomada do fornecimento pela Enel SP. “É necessário reconhecer as complexidades de cada região, houve áreas que recuperaram rapidamente a concessão inteira, mas são áreas de menor densidade populacional, menos vegetação afetando a rede”, disse. Ele comentou, porém, que é necessário avaliar a velocidade dos investimentos em melhoria da rede e também há quanto tempo o planejamento foi feito. “Esse tipo de planejamento de mudança e automação de rede exige de cinco a dez anos”, disse.
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