São Paulo, 04/05/2022 - A Starbucks obteve lucro líquido de US$ 674,5 milhões, ou US$ 0,58 por ação, no segundo trimestre de seu ano fiscal 2022, encerrado em 3 de abril, informou a companhia em relatório. O resultado representa crescimento de 2,3% ante os US$ 659,4 milhões, ou US$ 0,56 por ação, registrados em igual período do ano fiscal anterior. Em termos ajustados, o lucro por ação diminuiu 3,3% de US$ 0,61 para US$ 0,59. A receita líquida cresceu 14,5% na mesma comparação, para US$ 7,64 bilhões. Analistas consultados pela FactSet esperavam lucro ajustado de US$ 0,60 por ação e receita de US$ 7,62 bilhões.
A margem operacional diminuiu 2,4 pontos porcentuais, de 14,8% para 12,4%, refletindo principalmente pressões inflacionárias, restrições e lockdowns associados a surtos de covid-19 na China e investimentos em salários e benefícios de funcionários das lojas, disse a Starbucks.
As vendas globais no conceito mesmas lojas cresceram 7% na comparação anual, refletindo um aumento de 4% no tíquete médio e de 3% no número de transações. As vendas mesmas lojas aumentaram 12% nos Estados Unidos e diminuíram 8% no segmento internacional. Na China, essas vendas caíram 23%. A queda no segmento internacional e na China se deve em parte à base de comparação mais forte, já que em igual trimestre do ano fiscal anterior a companhia foi beneficiada por isenções fiscais na China.
No segundo trimestre fiscal, foram abertas 313 lojas, já descontados os fechamentos. Ao fim do período, a Starbucks tinha 34.630 lojas globalmente, sendo 51% próprias e 49%, licenciadas.
A companhia vem enfrentando nos últimos meses um forte movimento de sindicalização em várias de suas lojas próprias nos Estados Unidos. As tensões entre a Starbucks e os trabalhadores que buscam se sindicalizar estão aumentando desde que Howard Schultz retornou como CEO interino da gigante do café, no início de abril.
O sindicato Starbucks Workers United apresentou queixas, acusando a empresa de demitir trabalhadores que buscam se sindicalizar. Em contrapartida, a empresa revelou suas próprias queixas, acusando os organizadores do movimento de intimidar trabalhadores e clientes em algumas lojas como parte de sua campanha.
Os funcionários pressionam a empresa por melhores salários e benefícios e, das 48 eleições realizadas até agora, a Starbucks Workers United ganhou 42 e perdeu apenas quatro. O Conselho Nacional de Relações Trabalhistas norte-americano (NLRB, na sigla em inglês) disse que agendou mais de 100 eleições sindicais nas lojas Starbucks nas próximas semanas.
(Com informações da Dow Jones Newswires)