São Paulo, 01/11/2021 - A União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) informou, em nota, que as novas regras para a comercialização de biodiesel que vão vigorar a partir de janeiro vão prejudicar agricultores familiares e desestimular novos investimentos pelas indústrias do setor. Para a entidade, ao definir em 80% a compra mínima de biodiesel das indústrias com selo social pelas distribuidoras, "a ANP limita o volume potencial de venda da matéria-prima ofertada pela agricultura familiar". "Isto ocorre porque a nova regra induz a comercialização de 20% do volume do biodiesel consumido no País pela negociação direta entre produtor e distribuidor, sem exigência do selo biocombustível social."
Na nota, a Ubrabio diz que em todos os leilões realizados desde maio deste ano, 100% do biodiesel negociado foi proveniente de usinas com selo biocombustível social, "apesar da regra que vigorou até agora só exigir os mesmos 80% de compra mínima de usinas que tem a chancela do selo". “O novo regime de contrato e venda direta desestimula a compra de biodiesel, pelas distribuidoras, em usinas que tem selo social”, afirma o diretor superintendente da Ubrabio, Donizete Tokarski.