Por Clarice Couto
São Paulo, 30/11/2021 - O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar, disse nesta manhã que o Brasil “está caminhando para trás” em sua política para biocombustíveis. “Deveríamos estar aumentando a substituição de combustíveis fósseis por renováveis, mas estamos diminuindo”, destacou durante o evento online “Corredores Verdes para a soja: rota sustentável até a China”, promovido pelo Instituto O mundo que queremos.
Ontem, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) do Brasil informou que manterá o porcentual de 10% para a mistura do biodiesel no diesel ao longo de todo o ano que vem. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. A previsão era de que a mistura aumentasse para 14% em 2022 e 15% em 2023.
A diretora do Centro Empresarial Brasil China (CEBC), Cláudia Trevisan, que também participou do debate, afirmou que há espaço para a cooperação dos dois países no setor de biocombustíveis. “A China é o maior importador de petróleo do mundo e o esforço do país na descarbonização até 2060 vai exigir mudanças na matriz energética. O Brasil poderia ser fornecedor de biocombustíveis e também de hidrogênio verde, um setor que está sendo desenvolvido mas que vem avançando”, afirmou.
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