Por Julliana Martins
São Paulo, 23/09/2021 - A relação de troca entre o suíno vivo e o farelo de soja, insumo utilizado para ração animal, registrou uma piora para suinocultores neste mês de setembro. Mas, na comparação com o milho, o poder de compra se elevou pelo terceiro mês consecutivo. As informações são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).
De acordo com o centro de pesquisas, a média parcial de setembro, calculada até ontem (21), mostra uma desvalorização do animal na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e uma alta nos preços do farelo de soja no mercado independente de Campinas (SP). Com a variação de preços, foi possível ao produtor a compra de 2,8 quilos do derivado com a venda de um quilo do animal no período, 6,4% a menos que em agosto e 27,9% abaixo do índice em setembro do ano passado.
"Já quanto ao milho, tomando-se como base a média do Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas - SP), o suinocultor consegue, neste mês, adquirir 4,32 quilos do cereal com a venda de um quilo de suíno, 2,1% a mais que em agosto, mas ainda 46,1% abaixo do volume observado em setembro de 2020", comentou o Cepea.
Na mesma região paulista, o preço do suíno recuou 3,8% na parcial de setembro ante o mês passado e teve queda de 15,7% na comparação anual, para R$ 6,70 por quilo, informou o Cepea. Porém, na última semana, de 14 a 21 de setembro, as cotações voltaram a se elevar por causa da maior demanda das agroindústrias em todo o País.
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