Por Tomas Okuda
São Paulo, 21/09/2021 - As condições climáticas têm sido desfavoráveis às lavouras de café, que iniciam novo ciclo de produção, em fase de floração, com previsão de colheita a partir de abril e maio de 2022. As principais regiões produtoras do País, sul e Cerrado de Minas Gerais, enfrentam longo período de pouca chuva e altas temperaturas, o que deve comprometer a safra 2022.
O volume de chuva tem ficado abaixo da média histórica, com breves intervalos dentro da média, desde março de 2020 até agosto passado, segundo informou o gerente de Geoprocessamento da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), Éder Ribeiro dos Santos, durante o evento virtual Fórum Café e Clima, promovido hoje pela cooperativa. "Setembro segue o mesmo comportamento (de pouca chuva e altas temperaturas). Déficit hídrico e alta temperatura são extremamente danosos ao café", disse.
Ribeiro dos Santos acrescentou que frentes frias, entre junho e julho, provocaram geadas nos cafezais, devendo diminuir ainda mais o potencial produtivo dos cafezais. "O início da safra 2022 de café não tem sido nada bom; nada favorável", reforçou.
Segundo ele, resta ao produtor torcer para que as condições climáticas melhorem nos próximos meses, retomando à normalidade, favorecendo o aumento do nível de armazenamento de água no solo. "Os cafeeiros ainda podem expressar seu potencial produtivo, reduzindo o impacto da seca e das geadas", concluiu.
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