Agronegócios
14/09/2022 10:57

Exclusivo/AgroGalaxy/Sheilla Albuquerque: em 2023 conseguiremos fazer no máximo três compras de revendas


Por Clarice Couto

São Paulo, 14/09/2022 - A CEO do AgroGalaxy, Sheilla Albuquerque, disse, em entrevista exclusiva ao Broadcast Agro, que dada a capacidade da companhia de integrar novas empresas em seu sistema e modo de operação a varejista deve conseguir fazer "no máximo", três aquisições de revendas de insumos em 2023. Ontem (13), durante evento voltado a analistas e investidores, o AgroGalaxy Day, a empresa informou que o foco das próximas compras serão empresas do Triângulo Mineiro, da região da BR-163, em Mato Grosso, sudoeste do Paraná e oeste da Bahia.

"Se coincidir de acharmos quatro empresas nestas quatro regiões, talvez o ritmo de aquisições seja maior (do que em 2022). Mas provavelmente não ocorrerão todas ao mesmo tempo (no mesmo ano), pela nossa capacidade de integração destas empresas", explicou a executiva. "A velocidade das compras também será muito atrelada ao nosso caixa", pontuou. Segundo Sheilla, o foco são revendas com faturamento acima de R$ 500 milhões, a fim de diluir os custos de integração.

O CFO e diretor de Relações com Investidores da empresa, Mauricio Puliti, que também participou da entrevista, explicou que para a planejada expansão orgânica, ou seja, abertura de novas lojas em regiões onde já atua, a companhia não precisará fazer uma emissão subsequente de ações (follow on), mas para concretizar o plano de aquisições nas quatro regiões citadas, sim. A previsão é inaugurar de 25 a 30 lojas em 2023 e em 2024, totalizando 230 até lá. A previsão é terminar 2022 com 170 pontos de venda.

"Precisaremos da oportunidade (de compra) e casar isso com emissão de ações. Para as quatro compras será necessário follow on e faremos a emissão quando for possível", disse ele. Sheilla acrescentou haver expectativa de, após as eleições presidenciais no Brasil, uma nova janela de oportunidade de emissão se abrir.

A expansão da empresa vem exigindo diversificação das fontes de financiamento da companhia, segundo Puliti. Como a cada ano é necessário adquirir de fornecedores um volume cada vez maior de fertilizantes, defensivos agrícolas e sementes, só o crédito bancário não tem sido suficiente para o crescimento. Há um direcionamento, diz ele, de tomar mais recursos com os fornecedores de insumos, posição reforçada por Sheilla.

"O fornecedor está sempre interessado em crescer e, por isso, geralmente o crédito dele não é limitado", disse a CEO. "Há três anos comprávamos todo o fertilizante à vista, hoje financiamos uma parte; semente, o mesmo, hoje financiamos quase 40% (da semente comprada para revender). Esse financiamento tem a ver com a velocidade com que temos crescido", explicou Puliti.

Para ampliar a tomada de crédito junto a fornecedores, o AgroGalaxy vem aumentando as vendas para produtores por Cédula de Produto Rural (CPR), que servem de lastro para as captações. "Temos uma fabriquinha de CPRs. Também estamos pensando em emitir um CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) logo", disse Puliti

Contato: clarice.couto@estadao.com
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