Por Silvana Rocha
São Paulo, 10/05/2024 - O dólar volta a exibir queda, após alta leve à máxima, a R$ 5,1449 (+0,04%). Há pouco, a moeda americana cedia 0,13%, a R$ 5,1359, ante mínima a R$ 5,1187 (-0,47%) mais cedo no mercado à vista. O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, afirma que a pressão nova na inflação local, dúvidas sobre eventual postura política do Copom em 2025 e incertezas no campo fiscal do governo Lula e sobre os juros nos EUA limitam a correção de baixa do dólar. "O IPCA de abril veio perto do teto das expectativas do mercado e o ponto forte que merece destaque é alta em alimentação (+0,74%), que já vem forte e pode se acentuar em maio em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul, que afetam a produção agrícola e pela necessidade de reabastecimento do varejo no Estado gaúcho", comenta.
Velloni diz ainda que os dados americanos vem mostrando desaceleração no mercado de trabalho e da inflação, embora ainda longe da meta de 2%, mas vêm numa constante de alívio, apoiando esperanças em corte de juros neste ano. Porém, alguns membros do Fed vem mostrando pessimismo sobre flexibilização, deixando o mercado com o pé atrás em busca de novos sinais ao longo do dia. Há pouco, a diretora do Fed, Michele Bowman, disse que "devemos agir de forma cuidadosa e deliberada para atingir meta de inflação de 2%", sem dar detalhes sobre política monetária ou economia. Há ainda mais quatro dirigentes do Fed que falam nas próximas horas e dados de sentimento do consumidor e expectativas de inflação nos EUA.
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