São Paulo, 26/10/2021 - A moagem de cana-de-açúcar pelas usinas do Centro-Sul do Brasil desde o início do ciclo 2021/2022, em abril passado, acumula queda de 9,56%, passando de 538,86 milhões de toneladas, em igual período da safra 2020/21, para 487,33 milhões de toneladas. Os números são de levantamento quinzenal da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), divulgados hoje.
No acumulado desde o início da safra 2021/2022 até 16 de outubro, a produção de açúcar alcançou 30,35 milhões de toneladas, em comparação com 34,68 milhões de toneladas verificadas em igual período do ciclo 2020/2021 (-12,49%).
A fabricação acumulada de etanol totalizou 24,03 bilhões de litros, dos quais 9,48 bilhões de litros de etanol anidro (+19,86%) e 14,55 bilhões de litros de etanol hidratado (-17,93%). Do total fabricado, 1,78 bilhão de litros do biocombustível foram produzidos a partir do milho.
O diretor Técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, informou em nota que “mesmo com a retração da moagem, as empresas seguem compromissadas com o cumprimento da mistura obrigatória. Além do aumento do mix de produção de etanol anidro, nesta quinzena houve um reprocesso de mais de 100 milhões de litros de etanol hidratado em etanol anidro, o maior valor quinzenal observado nessa safra”.
Conforme a entidade, até o término de setembro, a queda na produtividade atinge 15,5%, com 82,4 toneladas de cana por hectare no ciclo passado e 69,6 t/ha na safra atual. Estima-se que a área colhida durante o período atingiu 6,72 milhões de hectares, registrando incremento de 10,3% em relação a área colhida até setembro de 2020. A área colhida até o momento deve representar cerca de 89% do total disponível para colheita na safra 2021/2022.
No acumulado desde o início da safra até 16 de outubro, o indicador de concentração de açúcares assinala 143,24 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, uma retração de 0,75% em relação ao valor observado o ciclo 2020/2021. O mix de produção, até a 16 de outubro, registrava 54,38% para o etanol.
