Agronegócios
28/02/2019 10:19

BRF: alavancagem sobe 14,8% no 4T18 ante 4T17 e meta é reduzir de 5,12x para 3,65x em 2019


São Paulo, 28/02/2019 - A alavancagem da BRF, nível de endividamento calculado pela razão entre dívida líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, subiu 14,8% no quarto trimestre de 2018, em relação ao igual período de 2017, para 5,12 vezes. Entretanto, quando comparada ao trimestre imediatamente anterior, a alavancagem passou por uma redução pois estava em 6,74% no terceiro trimestre do ano passado. Em comunicado, assinado pelo CEO, Pedro Parente, e pelo diretor vice-presidente executivo global, Lorival Luz, a empresa ressalta que a meta é baixar o endividamento a 3,65x até o fim de 2019.

O recuo na alavancagem visto na variação trimestral é resultado da venda de ativos na Argentina, Europa e Tailândia combinada com a recuperação do resultado operacional durante o segundo semestre do ano passado, explica a companhia em balanço financeiro. "O nosso objetivo de longo prazo continua sendo um nível de alavancagem que oscile entre 1,5x e 2,0x, abrindo espaço para lidar com a natureza cíclica do nosso negócio e restabelecer nossa classificação de risco de crédito para grau de investimento", diz a companhia.

Com dados em base pro-forma, a geração de caixa operacional do quarto trimestre de alcançou de R$ 1,267 bilhões e R$ 1,733 bilhões em 2018. A liberação de capital de giro, também em base pro-forma, chegou a R$ 963 milhões no último trimestre do ano passado e R$ 541 milhões no acumulado de 2018.

"Nossa posição de caixa, de aproximadamente R$ 7 bilhões ao final de dezembro de 2018, é robusta e será fortalecida pelas entradas de recursos dos desinvestimentos, estimadas em mais de R$ 2 bilhões e previstas até o final do segundo trimestre de 2019", afirmou a BRF.

Ainda de acordo com o comunicado, a BRF admite que as medidas protecionistas que fecharam importantes mercados importadores, a pressão de custos em um mercado doméstico onde não foi possível repassar preços e a greve dos caminhoneiros estão entre os principais elementos externos que prejudicaram a BRF no ano passado.

"Os problemas em nossa governança, a extensa desestruturação de equipes, sistemas e processos e uma segunda fase de operações de investigações policiais foram outros elementos a compor este cenário de desafios. As consequências mais visíveis no nosso negócio e que tivemos que enfrentar ao longo de 2018 foram a queda em nossas margens, um elevado aumento de nosso endividamento e a constituição de estoques de matéria-prima muito superiores ao nível desejável. Se excluirmos esses fatores não recorrentes, nosso resultado negativo seria muito inferior", explica.(Nayara Figueiredo, nayara.figueiredo@estadao.com)
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