Agronegócios
13/03/2023 18:28

Soja: Cocamar prevê receber mais de 2,3 milhões de toneladas, o maior volume de sua história


São Paulo, 13/03/2023 - A Cocamar planeja receber nesta temporada 2,3 milhões de toneladas de soja, 1 milhão de t a mais em comparação ao ciclo anterior (2021/22). É a maior quantidade recebida de sua história. A oleaginosa é a principal cultura para os aproximadamente 20 mil produtores cooperados. Em nota, a cooperativa destacou que nas regiões atendidas pela Cocamar nos Estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, salvo algumas exceções em que faltou chuva em momentos críticos e a produtividade foi afetada, a avaliação dos técnicos é de uma safra quase perfeita, com regular distribuição de umidade.

A expedição de safra Rally Cocamar de Produtividade visitou alguns municípios para acompanhar a colheita. De acordo com a nota da cooperativa, em Paiçandu, município vizinho a Maringá, onde mais de 40% das lavouras estavam colhidas, o engenheiro agrônomo Luiz Matheus Moncalvo, da unidade local da Cocamar, comentou que as médias têm ficado entre 70 e 74 sacas de 60kg por hectare, mas há produtores que relataram uma produtividade entre 87 e 89 sacas por hectare. Moncalvo e o gerente Valdecir Frare acompanharam a equipe do rally em visita a propriedades.

A família Luca, que produz soja em Paiçandu, Maringá, Sarandi e Itambé, fechou com média de 79 sacas nesse último município e, no começo da colheita em Paiçandu o primeiro lote atingiu 80 sacas por hectare. “No geral, acredito que vamos ficar numa média de 74 sacas, a melhor que já conseguimos”, disse o produtor Valter, ao lado do irmão Valdecir, do filho Jorge e do sobrinho Marcelo, na nota.

A média esperada pelos Luca supera com folga os apenas 14 sacas por hectare da temporada anterior, quando a safra quebrou por um prolongado déficit hídrico que devastou as lavouras principalmente nas regiões noroeste e oeste do Estado. “2022 foi o pior ano, sofremos muito, mas 2023, em compensação, promete ser o melhor da história”, disse Valter.

Na propriedade de Nazareno Maróstica em Ourizona, a colheita já havia atingido 70% da área. “A média geral é de 70 sacas”, afirmou Nazareno. O produtor conta que planta soja desde 1970 e esta é a melhor safra de todas, lembrando, também, que nunca houve um ano tão ruim quanto 2022. “Nem vou falar quanto colhi no ano passado, não vale a pena”, desconversou.

Em Mandaguaçu, onde a maior parte das terras é de consistência mista, Hilário Luvizoto havia colhido um terço da área, e a média variava entre 66 e 78 sacas por hectare. “Nossa média nos anos anteriores oscilou de 58 a 62 sacas”, disse, ressaltando que o rendimento não passou de 16 sacas em 2022, “um ano pra esquecer”. Segundo Hilário, desta vez a produtividade está sendo melhor no solo misto ou arenoso do que na terra roxa. “Acho que o excesso de chuvas encharcou mais a lavoura na terra roxa, não foi tão bom quanto na areia”, disse.

Contato: leticia.pakulski@estadao.com
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