Agronegócios
29/03/2017 11:18

Temer: podem investir no Brasil, ele está sendo colocado nos trilhos


São Paulo, 29/03/2017 - O presidente Michel Temer fez uma ampla exposição favorável do País durante seu discurso na abertura do 10º Brazil Conference do BofA Merril Lynch nesta quarta-feira (29), em que citou vitórias do seu governo e conclamou investidores a investirem no Brasil.

"Aos investidores digo que podem investir. Estamos colocando o País nos trilhos. A quem vier depois de mim, os trilhos já estão colocados. Que os investidores do Brasil e do exterior saibam que todas essas medidas de responsabilidade fiscal e social colocarão o Brasil no rumo certo", afirmou.

Temer, contudo, fez uma ressalva em seu discurso favorável quando mencionou que há necessidade de um certo contingenciamento nas contas públicas "ou de outro gravame qualquer", mas ponderou que essas medidas serão transitórias. "Economia não decolou por inteiro", disse.

Aguarda-se para hoje ou amanhã o anúncio do corte efetivo no orçamento de 2017 e de outras medidas que serão necessárias, como impostos, para cobrir o rombo identificado de R$ 58 bilhões, para além do déficit já previsto de R$ 139 bilhões.

Com bastante tempo dedicado à defesa da Reforma da Previdência, que já passou por mudanças devido a resistências no Congresso e ontem foi criticada pelo líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), Temer afirmou que a proposta visa a equilibrar as finanças públicas. "Poderíamos deixar para o futuro, mas as estatísticas mostram que, se não houver reforma, em 2024 só haverá verba para pagar o funcionalismo público e a previdência. Se não fizermos agora, daqui a três anos teremos que fazer as revisões nas aposentadorias, senão em sete anos, paralisamos o País."

O presidente ainda criticou "informações inverídicas" em torno da proposta, como a de que o trabalhador precisará trabalhar 49 anos para se aposentar, e disse que a idade mínima de 65 anos é similar à maioria dos países. Temer ainda reconheceu que há pontos em que pode haver negociação, como a questão da previdência rural.

Sobre os pontos positivos, o presidente citou a queda da inflação durante seu governo, que saiu do patamar de 10% para os atuais 4,8%. Houve também menção à trajetória de flexibilização da Selic, pois, segundo ele, as projeções mostram que a taxa deve chegar a um dígito. "Não quero falar muito disso, porque diz respeito ao Banco Central (BC), mas isso é fruto de um governo que dialoga e do governo que tem responsabilidade fiscal, sem ela não teríamos a credibilidade que o País está reconquistando", reforçou.

A credibilidade, segundo ele, pode ser atestada com a elevação da perspectiva do rating soberano do Brasil de negativa para neutra pela Moody's. Temer ainda mencionou que o País pode reconquistar o grau de investimento em breve. Além disso, os leilões recentes de aeroportos e portos tiveram, na visão de Temer, "ágios estupendos."

Outro ponto citado pelo presidente como indicativo de que o País está se recuperando foi a criação de 35 mil vagas de trabalho em março, conforme os dados do Caged. Na questão de responsabilidade social, Temer citou a revalorização do Bolsa Família e a retomada das obras do Minha Casa Minha Vida. Segundo ele, há previsão orçamentária para a construção de mais 600 mil casas esse ano.

Após o evento, Temer retornou para Brasília, conforme sua assessoria. (Thaís Barcellos - thais.barcellos@estadao.com e Elizabeth Lopes - elizabeth.lopes@estadao.com)
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