Agronegócios
16/06/2021 15:55

Agricultura/Wachholz: Precisamos olhar outros mercados asiáticos para diversificar exportações


Por Guilherme Bianchini

São Paulo, 16/06/2021 - A forte dependência da soja em grãos na relação comercial Brasil-China é uma vulnerabilidade reconhecida pelos dois lados, disse a chefe do Núcleo China do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Larissa Wachholz, em webinar do Conselho Empresarial Brasil-China. A venda do item para o país asiático responde por cerca de 25% de todas as exportações brasileiras, de modo que também possui participação elevada nas importações chinesas.

"Trabalhamos para abrir novos mercados e negociar novos protocolos fitossanitários. Precisamos olhar para outros mercados asiáticos. Lá estão as grandes oportunidades de diversificação, pelo incremento de renda e de consumo de alimentos da população."

De acordo com Wachholz, a dificuldade de outros países replicarem as condições do agronegócio brasileiro são um obstáculo para a China encontrar outros fornecedores de soja. Além disso, questões conjunturais dos últimos anos, como a peste suína africana e os problemas comerciais entre China e Estados Unidos, acabaram favorecendo e ampliando a participação das exportações brasileiras na dinâmica chinesa.

"Foi uma demonstração para chineses e para o mundo que o Brasil reúne qualidades no agronegócio difíceis de se reproduzir em outros locais, sobretudo em grãos. Na pandemia, uma série de países não conseguiu manter a capacidade de entrega, mas o Brasil conseguiu. E a China reconhece isso", diz Wachholz.

Contato: guilherme.bianchini@estadao.com
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