Agronegócios
22/04/2021 09:53

Cacau: Mondelez e Olam fazem acordo para inaugurar fazenda na Indonésia


Chicago, 22/04/2021 - A Mondelez International e uma unidade da Olam International estão desenvolvendo uma fazenda de cacau de grande escala na Indonésia, um projeto que, dizem as empresas, as ajudará a adotar métodos de se produzir o ingrediente do chocolate de forma mais focada no meio ambiente.

A Mondelez, que produz os biscoitos Oreo, entre outros alimentos, e o negócio de setor de alimentos da Olam dizem que a propriedade será a maior fazenda comercial de cacau operada com princípios sustentáveis.

A fazenda deve ocupar cerca de 2 mil hectares, num terreno em uma ilha da Indonésia chamada Seram. Quase 1.100 hectares foram plantados até agora, disseram a Mondelez e a Olam. Serão criados cerca de 700 empregos.

De acordo com o chefe de aquisições da Mondelez, Quentin Roach, a fazenda será um local em que as empresas poderão aplicar novas técnicas de manejo do plantio, controle de pragas, irrigação e outros aspectos de agricultura para melhorar a cadeia do cacau. O objetivo do projeto não é deixar de comprar de produtores atuais, disse ele. "Nós vamos continuar trabalhando com produtores de cacau de todos os tamanhos daqui para frente, mas esta é nossa oportunidade de realmente testar, em grande escala, como algumas dessas tecnologias podem ajudar esses produtores a cuidarem de suas fazendas", afirmou Roach.

Na joint venture, a Olam é responsável por tocar as operações do dia a dia da fazenda. Já a Mondelez vai comprar a produção de cacau da fazenda nos seus primeiros anos.

Ao contrário de algumas outras commodities agrícolas, a produção de cacau é dominada por pequenos produtores, inclusive em países importantes como Costa do Marfim e Gana. Pequenas propriedades familiares, com menos de 2 hectares, produzem 90% da oferta global de cacau, de acordo com a Mondelez. Compradores de cacau, traders e grandes indústrias vêm sofrendo pressão crescente nos últimos anos para tomar passos que reduzam a pobreza em regiões produtoras e previnam o desflorestamento.

O pagamento justo para produtores de cacau tem sido uma fonte de tensão entre as principais empresas compradoras do alimento e governos locais - principalmente no Oeste da África, onde Gana e Costa do Marfim impuseram em 2019 um "diferencial de renda", uma sobretaxa colocada sobre o cacau além dos preços futuros da commodity. Fonte: Dow Jones Newswires.
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