São Paulo, 13/09/2021 - O recebimento de cacau em agosto pelas indústrias brasileiras caiu 33,9% em agosto ante julho deste ano, para 19.993 toneladas, de acordo com a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC). Já se esperava um recuo em decorrência da proximidade do fim da safra temporã, que vai até setembro. A diretora executiva da AIPC, Anna Paula Losi, afirma em nota: "De forma geral, a safra temporã teve um desempenho melhor do que a safra principal, como já é de costume. Vale destacar que os números da Bahia neste temporão foram muito bons, mas com uma redução considerável dos recebimentos do Pará".
Durante a safra temporã, foram recebidas 111.503 toneladas de amêndoas entre maio e agosto, aumento anual de 22,1%. Agora, as perspectivas para a safra principal são incertas, de acordo com a executiva. "Na melhor das hipóteses, o recebimento de amêndoas pela indústria moageira durante o período da safra principal ficará alinhado à média dos últimos cinco anos, ou seja, pouco mais de 65 mil toneladas."
No acumulado do ano até agosto, o volume recebido ficou em 132.680 toneladas, ante 131.071 toneladas um ano antes.
No mesmo período, as associadas da AIPC moeram 149.079 toneladas, 8,4% a mais do que nos oito primeiros meses de 2020. Foi necessário, segundo a entidade, importar 5.750 toneladas de amêndoas em agosto "a fim de complementar o volume processado e manter o parque fabril funcionando em níveis saudáveis".
As exportações de derivados de cacau subiram 76,5% no mês passado ante agosto de 2020, a 6.580 toneladas. O avanço no acumulado do ano foi de 16%, para 36.762 toneladas.
