Brasília, 27/06/2017 - O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, destacou há pouco que a conta de serviços de maio ficou estável em relação a mesmo mês do ano passado, em cerca de US$ 2,5 bilhões, próximo ao nível de 2010. No mês passado, o déficit em serviços foi de US$ 2,471 bilhões. "O ajuste nas transações correntes se mostra também na conta de serviços", resumiu.
Rocha apontou o aumento das despesas líquidas com viagens internacionais em maio e no acumulado do ano, na comparação com 2016. No mês passado, o déficit em viagens foi de US$ 1,077 bilhão, ante um saldo negativo de US$ 679 milhões em maio de 2016. Nos cincos primeiros meses deste ano, o déficit nessa conta é de US$ 4,613 bilhões, praticamente o dobro dos US$ 2,407 bilhões do mesmo período do ano passado.
"De janeiro a maio de 2016 vigorou a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre a compra pacotes de viagens, o que diminuiu essa base de comparação. Agora temos um retorno à normalidade", afirmou. "Os próximos meses de 2017 terão déficits maiores que os de 2016, mas a uma taxa mais modesta, não mais dobrando esse resultado", completou.
Ele adiantou que em junho, até o dia 23, a conta de viagens apresenta um saldo negativo de US$ 818 milhões, decorrente de receitas de US$ 270 milhões e despesas de US$ 1,088 bilhão.
(Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues - fabricio.castro@estadao.com e eduardor.ferreira@estadao.com)