Agronegócios
23/07/2018 18:57

GAF/Cofco/Eduardo Gradiz: enxergamos no Brasil fonte para atender necessidades na china


São Paulo, 23/07/2018 - O presidente da divisão de grãos e oleaginosas no Brasil da chinesa Cofco International, Eduardo Gradiz, disse que a empresa enxerga no País "uma fonte para atender as necessidades da China", em especial no fornecimento de grãos. Em apresentação no Global Agribusiness Forum (GAF 2018) ele afirmou que a produção de soja deve sair de 119,5 milhões de toneladas para 142,7 milhões de toneladas em 2025/2026, superando a produção do principal concorrente, os Estados Unidos.

A demanda chinesa pela oleaginosa também deve crescer e atingir 133,5 milhões de toneladas na temporada de 2025/2026. "Do lado da produção e do consumo, não temos dúvidas” de que o Brasil pode atender os chineses", disse Gradiz. Até mesmo no milho - segmento no qual os norte-americanos devem manter a liderança nos próximos anos - o possível incremento de 35 milhões de toneladas na colheita brasileira contribui para incentivar os investimentos da Cofco no País, afirmou.
"A Área brasileira disponível para a agricultura supera 30 milhões de hectares", destacou.

Gradiz destaca que há capacidade ociosa nos portos, o que também permitiria um incremento das exportações até meados de 2023. Porém, "o gargalo do setor agrícola brasileiro está no custo logístico", ressalva. Nos cálculos da multinacional, a despesa com o escoamento de grãos de Sorriso (MT) até o Porto de Santos (SP) representa 20% a 30% do valor da saca de soja. No milho, o custo chega a 50%. "Nos Estados Unidos, a logística é até 50% mais competitiva", compara. "Se o câmbio voltasse a R$ 3, a ausência de competitividade seria ainda maior. Mais que dobraria quando comparada a dos norte-americanos", pontua.

Por isso, acrescentou, o desafio do Brasil é melhorar a competitividade, "para que os pontos fortes do País não se tornem fraquezas". Mesmo com as atuais condições, "um investidor estrangeiro, como a Cofco, enxerga o Brasil com bons olhos", enfatizou. (Nayara Figueiredo, nayara.figueiredo@estadao.com)
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