Agronegócios
24/05/2023 08:40

Cana: Centro-Sul deve ter processado mais de 40 milhões de t na 1ª quinzena de maio, diz Hedgepoint


Por Gabriela Brumatti

São Paulo, 24/05/2023 - Para a consultoria HedgePoint, como na primeira quinzena de maio choveu pouco e a maior parte dos modelos de previsão mostrou clima favorável para a atividade de colheita das usinas de cana-de-açúcar, o Centro-Sul do Brasil deve ter moído o máximo que pôde no período, ritmo que deve ser mantido no restante do mês. Em nota, a analista de Inteligência de Mercado de Açúcar, Lívea Coda, afirmou que o próximo relatório quinzenal da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) tende a registrar moagem superior a 40 milhões de toneladas de cana, ressaltando a recuperação do ritmo de processamento da região.

A analista destacou que o clima também mostra melhora quando se trata de previsões mais distantes. "Junho, por exemplo, não está tão chuvoso como se esperava anteriormente, porém ainda há riscos de precipitação acima da média em julho e agosto", ressaltou Coda. Mesmo com o receio quanto ao clima no futuro, ela afirmou que a safra 2023/24 será mais açucareira, aproveitando a aceleração do ritmo de moagem, os preços mais vantajosos para o açúcar nas bolsas internacionais e uma possível extensão do período da safra.

Independente da maximização do adoçante, Coda observou que o mercado físico segue apertado e os atrasos nas exportações preocupam. "Acreditamos que as exportações de açúcar do Centro-Sul podem chegar perto de 2,3 milhões de toneladas ainda em maio", ressaltou a consultoria.

Segundo apurou a HedgePoint, a aprovação, pela Petrobras, de uma nova política de preços para gasolina e diesel, em substituição à paridade internacional de preços (IPP), foi avaliada pelo mercado como "não tão ruim quanto poderia ser". O anúncio antecipou que a estatal deverá comparar preços por polo consumidor para determinar a melhor fonte de combustível, considerando a minimização dos custos dos consumidores como principal fator.

Para a consultoria, a medida induzirá o crescimento da demanda por combustíveis (caso o governo consiga reduzir os preços), mas não necessariamente redirecionará o consumo para o etanol. "No final das contas, não há incentivo para uma mudança no mix tão cedo", afirmou Coda.

Contato: gabriela.brumatti@estadao.com
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