São Paulo, 22/11/2021 - A cadeia produtiva do café definiu o destino dos recursos que deixaram de ser repassados aos agentes financeiros para financiar a recuperação de cafezais atingidos pela seca e geadas. Ficou acertado que o saldo remanescente terá como base os recursos aplicados até agora pelas demais linhas atendidas, ou seja, as mais solicitadas. A decisão foi tomada pelo Comitê Técnico do Conselho Deliberativo de Política do Café (CDPC), que se reuniu quinta-feira (18), informa o Conselho Nacional do Café(CNC).
Os recursos remanescentes não contratados da linha de recuperação de cafezais atingidos pela seca e geadas alcançam R$ 664.104.400,00, de uma reserva de R$ 1,319 bilhão do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). A mudança proposta pelo comitê técnico do CDPC deve ser avaliada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na próxima quinta-feira (25), informa o CNC.
Atualmente, as linhas mais demandadas são: capital de giro, comercialização e FAC (Financiamento para Aquisição de Café).
O presidente do CNC, Silas Brasileiro, informa em nota que "acreditamos ter sido aprovada a melhor proposta. O comitê entende a importância de fazer com que os recursos do Funcafé cheguem ao produtor nas linhas de maior demanda. Como esses valores já haviam sido reservados para a recuperação de cafezais, nada melhor que os realocar onde mais farão a diferença".
O comitê é composto por representantes dos Ministérios da Agricultura, Economia e Relações Exteriores, além do CNC, a Comissão de Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) e o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
