Agronegócios
05/05/2020 09:42

Conab/Cana: safra brasileira em 2019/20 deve atingir 630,7 Mi/t (-1,9% ante 2019/20)


São Paulo, 05/05/2020 - O Brasil deve colher 630,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2020/21, cuja colheita se iniciou em abril no Centro-Sul do País. O volume representa queda de 1,9% em comparação com o período anterior (642,7 milhões de t). Os números fazem parte do primeiro levantamento sobre a safra de cana 2020/21, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado hoje.

A área de plantio em 2020/21 deve registrar redução em comparação com o exercício anterior. São esperados cerca de 8,4 milhões de hectares, indicando pequena diminuição de 0,4% em relação ao período anterior (8,44 milhões de hectares).

Conforme a Conab, a pesquisa indica que o setor deve destinar mais cana para a produção de açúcar do que na safra passada. "A expectativa é de que sejam produzidas 35,3 milhões de toneladas, com um crescimento de 18,5% em relação ao da última safra (29,8 milhões de t) e que teve encerramento em março."

A Conab passou a disponibilizar, desde a última safra, as estatísticas totais do etanol, com informações sobre o produto à base de cana-de-açúcar e de milho. O volume englobando os dois atinge quase 32 bilhões de litros, com redução de 10,3%.

Só para o etanol da cana-de-açúcar, a estimativa é de produzir 29,3 bilhões de litros, com queda de 13,9% sobre o recorde passado. Já o etanol de milho continua em expansão, devendo ter um aumento de 61,1% e estimativa de 2,7 bilhões de litros nesta temporada.

O etanol anidro da cana-de-açúcar, que é utilizado na mistura com a gasolina, deverá diminuir em 8,8%, alcançando 9,2 bilhões de litros, mas o de milho supera a temporada passada, elevando-se 76% e alcance de 713,4 milhões de litros.

No caso do etanol hidratado de cana-de-açúcar, a estimativa do total a ser produzido é de 20,1 bilhões de litros, com redução de 16%, e o de milho, produção de quase 2 bilhões de litros e aumento de 56,4% em comparação a 2019/20.

A região Sudeste, principal produtora do País, deve reduzir em torno de 2% o seu volume, alcançando 406,6 milhões de toneladas, com destaques para os Estados de São Paulo e Minas Gerais. Já no Centro-Oeste, apesar de aumento de produção em Goiás e da recuperação de produtividade em Mato Grosso do Sul, a região deverá colher 138,9 milhões de toneladas, com uma redução de 1,1%. A área colhida também sofre queda de 1,2%, alcançando 1,7 milhão de hectares. O Sul, que tem a concorrência com o cultivo de grãos, deverá ter redução de 2,6% na área colhida e produzir 33,3 milhões de toneladas.

O Nordeste, embora menos expressivo em termos de produção, cresce 2% na área, mas reduz a produtividade média em 3,5% e a produção em 1,6%, resultando num volume 1,1% menor frente à última safra totalizando 48,4 milhões de toneladas. Também o Norte, com um 1% da produção nacional, apresenta um aumento de área cultivada de 2,2% e uma produção estimada de 3,5 milhões de toneladas.
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