Brasília, 10/11/2017 - Em visita ao Brasil para dar um empurrão político às negociações do acordo de livre comércio com o Mercosul, o vice-presidente da União Europeia, o finlandês Jyrki Katainen, fez questão de almoçar numa churrascaria e se deixou fotografar servindo-se de carne. Esse é justamente um dos produtos que emperram o fechamento do acordo. O outro é o etanol combustível e para uso industrial. O álcool estava presente à mesa, na forma de caipirinha, igualmente degustada por ele.
"Estava excelente", disse ele ao Estado. "Comi uns dois quilos e vou descontar da cota." Os europeus ofereceram para o Mercosul uma cota anual de 70.000 toneladas de carne, quando o mínimo esperado eram 100.000 toneladas.
"Fizemos uma degustação cega de carnes do Mercosul", brincou o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, anfitrião do almoço, do qual participaram também os representantes de Argentina, Paraguai e Uruguai. De acordo com informações do staff do restaurante, foram servidos cortes produzidos no interior paulista, na Argentina e na Patagônia chilena. O ministro observou que o finlandês é fã de picanha brasileira. (Lu Aiko Otta)