Por Clarice Couto
São Paulo, 08/07/2021 - O vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Renato Naegele, disse nesta manhã que o banco retomou a estratégia de priorizar o agronegócio e mencionou uma série de iniciativas relacionadas à oferta de crédito para o setor, entre elas a criação da cice-presidência de Agronegócio no banco, entre abril e maio, ocupada por ele. “Vamos assinar hoje convênio com Andav (associação de revendas de insumos agrícolas) e estamos conversando com fabricantes de máquinas para parcerias com as empresas e suas revendas. Fechamos a safra passada (2020/21) com mais de R$ 200 bilhões na nossa carteira agro e financiamos mais de 48 mil máquinas agrícolas”, disse Naegele no seminário promovido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) “Ano Safra 2021/2022, financiamento e produção: novas demandas, novas soluções e novas perspectivas”.
O executivo citou também outras ações para melhorar o atendimento ao segmento rural, como a simplificação de processos para produtores e o uso de novas tecnologias. “Estamos testando algumas soluções tecnológicas, fruto de parceria com agtechs”, contou. Naegele disse que as vendas de máquinas agrícolas “cresceram muito” no primeiro semestre deste ano e que espera que esse movimento “se acentue” no segundo semestre, com a retomada da economia, da demanda por alimentos e seus reflexos para o setor agropecuário. “Esperamos uma demanda crescente por crédito para máquinas na safra 2021/22. Não faltarão recursos para atender à demanda dos produtores”, afirmou.
O chefe do Departamento de Canais de Distribuição e Parcerias do BNDES, Caio Araújo Barbosa, que também participou do seminário, reforçou que o banco pretende atender “toda a demanda” de produtores rurais por empréstimos para compra de máquinas com sua linha BNDES Crédito Rural, que utiliza recursos próprios com taxas fixas. “Não há limitação de recursos livres, mesmo que a demanda seja bem superior à safra anterior”, disse Barbosa. Até ontem, o programa havia desembolsado R$ 3,605 bilhões, conforme dados do BNDES.
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