São Paulo, 21/11/2017 - O Ministério da Agricultura confirmou há pouco que técnicos do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) conversaram hoje por videoconferência com integrantes do Rosselkhoznadzor, o Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia, sobre "a presença de ractopamina na carne suína brasileira exportada para aquele país". A notícia de que os dois países conversariam sobre o assunto foi dada hoje de manhã pelo Broadcast Agro. "O ministério informa ainda que até o presente momento não recebeu por parte do governo russo nenhuma notificação de suspensão das carnes bovina e suína brasileira, mas apenas a notificação sobre a presença de ractopamina", diz a pasta.
Segundo o Dipoa, em nota, o Brasil utiliza o sistema de segregação de suínos para a exportação de carne para Rússia, "o que impossibilitaria a detecção de ractopamina conforme informação prestada pelo Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária russo". O Ministério da Agricultura solicitou o envio dos certificados do Serviço de Inspeção e laudos laboratoriais indicando a presença do estimulante de crescimento para que possa fazer uma investigação interna e, consequentemente, as correções necessárias em caso positivo.
Conforme o governo, os documentos foram entregues à embaixada brasileira em Moscou. Estão sendo traduzidos e, até amanhã (22), devem ser enviados para o Brasil. (Camila Turtelli, camila.turtelli@estadao.com)