Agronegócios
06/07/2022 18:10

Frutas/Banana: Agricultura reforça monitoramento no País contra entrada da fusariose raça 4 tropical


Por Gabriel Belic, especial para a Agência Estado

São Paulo, 06/06/2022 - O Ministério da Agricultura informou hoje, em nota, que reforçou ações contra a fusariose raça 4 tropical da bananeira, após suspeitas de dispersão da doença que surgiram em regiões peruanas e em outros países da América Latina que fazem fronteira com o Brasil. Apesar de as suspeitas não serem confirmadas, a doença já teve casos em 2019 na Colômbia e no Peru em 2020 e ainda não foi encontrada no Brasil.

No Vale do Ribeira, em São Paulo, maior região produtora de banana no País, as ações de monitoramento e prevenção começaram no primeiro semestre deste ano, mas foram prorrogadas e reforçadas pela equipe da Superintendência Federal de Agricultura (SFA-SP).

Desde 2019, o ministério vem realizando trabalhos de prevenção e monitoramento da fusariose raça 4 tropical. De março a maio deste ano ocorreram coletas no Vale do Ribeira, Taubaté, Jales, Fernandópolis, Andradina, Assis, Avaré, Campinas e Aguaí, todas regiões e municípios paulistas. Já foram coletadas 70 amostras para fusariose, sendo que todas testaram negativo.

Desde ontem, coletas começaram a ser feitas nas regiões de Riolândia, Santo Antônio do Aracanguá, Getulina, Novo Horizonte e Colina, em São Paulo. Os levantamentos ocorrerão 8 de julho. Além disso, a SFA-SP promoverá palestras para produtores rurais voltadas a cooperativas, associações e sindicatos rurais. As orientações ocorrerão no Vale do Ribeira, Fernandópolis, Jales, Andradina, Assis, Avaré e São Bento do Sapucaí.

A fusariose raça 4 tropical age, nas bananeiras, entupindo os vasos que conduzem a seiva e, por isso, impede o fluxo de nutrientes e água. "Como consequência, a planta seca, amarelece e morre. O fungo permanece no solo por mais de 40 anos, tornando inviável a continuação da cultura na área. Ainda não existe controle químico que possa combater a doença, nem variedades resistentes a ela no Brasil e no mundo", explica o engenheiro agrônoo e fitopatologista da SFA-SPS, Wilson da Silva Moraes, na nota.
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