Por Leticia Pakulski
São Paulo, 13/05/2021 - A SLC Agrícola, empresa produtora de soja, milho e algodão, obteve lucro líquido de R$ 376,8 milhões no primeiro trimestre de 2021, informou a companhia. O resultado representa aumento de 140,9% ante os R$ 156,4 milhões de igual período do ano anterior. Segundo a SLC, o principal fator que contribuiu para esse aumento foi a Variação do Valor Justo dos Ativos Biológicos na soja, com aumento de R$ 425,7 milhões ante o primeiro trimestre de 2020. "A variação é explicada notadamente devido a preços e produtividades superiores à safra anterior, ou seja, expectativa de melhores margens para a safra 2020/21 versus a safra 2019/20", disse a empresa.
A receita líquida no quarto trimestre atingiu R$ 827,5 milhões, alta de 30,8% ante os R$ 632,6 milhões verificados um ano antes. Segundo a companhia, o aumento da receita refletiu em grande parte melhores preços de faturamento em todas as culturas, apesar do menor volume faturado de soja e milho. No algodão em pluma, produto que possui maior valor agregado, o volume faturado foi 23% superior ao do primeiro trimestre de 2020.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no primeiro trimestre alcançou R$ 272,5 milhões, 49,1% superior ao do primeiro trimestre de 2020. Os principais fatores que contribuíram para o aumento foram o maior resultado bruto em soja e caroço de algodão no comparativo entre os trimestres.
A SLC informou ter encerrado a safra com recorde de produtividade na cultura da soja pelo quarto ano consecutivo. A produtividade final obtida em soja foi de 3.970 kg/ha, acima dos 3.906 kg/ha na safra 2019/20. "Mesmo com o atraso do plantio ocorrido em decorrência da postergação no início das chuvas, os rápidos ajustes de planejamento agrícola e a celeridade de plantio que a Companhia possui possibilitaram ainda atingir esse novo recorde de produtividade."
Segundo a empresa, as culturas do algodão e do milho estão em florescimento e enchimento de grãos, respectivamente. No caso do algodão, a cultura apresenta "alto potencial produtivo". Quanto ao milho, o atraso no plantio da soja em Mato Grosso e a seca no mês de abril, que prejudicou especialmente as fazendas do Mato Grosso do Sul, ocasionaram perda de potencial produtivo, levando a uma redução de 19,8% na expectativa de produtividade. "Dado o avanço significativo de preços das commodities ao longo dos últimos meses e o avanço na posição de hedge da Companhia, a perda de produtividade no milho deverá ser integralmente compensada pelo melhor cenário de preços de venda para a safra, portanto não comprometendo as margens para este ano", disse a SLC.
Quanto às perspectivas de plantio após a combinação de negócios com a Terra Santa e o contrato de arrendamento com a Agrícola Xingu, a estimativa de área a ser plantada pela SLC para a safra 2021/22 é de aproximadamente 660 mil hectares, um crescimento de 40% em relação à safra 2020/21.
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