Por Sandy Oliveira
São Paulo, 28/10/2021 - A AGCO, fabricante norte-americana de máquinas agrícolas de marcas como Valtra e Massey Ferguson, obteve lucro líquido de US$ 181,3 milhões, ou US$ 2,40 por ação, no terceiro trimestre deste ano. O resultado representa aumento de cerca de 15,2% ante igual período do ano passado, quando a companhia lucrou US$ 157,3 milhões, ou US$ 2,10 por ação. Em termos ajustados, o lucro passou de US$ 2,09 para US$ 2,41 por ação. As vendas líquidas da companhia somaram US$ 2,7 bilhões no período, alta de 9,1% ante o reportado em igual intervalo de 2020. No acumulado de janeiro a setembro, as vendas somaram US$ 7,9 bilhões, 23,4% a mais do que em igual período de 2020.
A empresa dá continuidade aos resultados positivos no trimestre, com base em uma recuperação na demanda e, consequentemente, nas vendas em todas as regiões em que atua. Além disso, a retomada econômica global, após os efeitos da pandemia da covid-19, permitiu que a companhia mitigasse os riscos da cadeia de suprimentos, agravados pela escalada da inflação de custos de materiais. "Em particular, o forte crescimento em tratores de alta potência Fendt, foram impulsionados à medida que a idade da frota estendida e os preços favoráveis das commodities estimularam a demanda", disse a AGCO.
Na América do Norte, as vendas aumentaram 9,7% no terceiro trimestre na comparação com um ano antes, para US$ 638,7 milhões. As vendas na América do Sul cresceram 39,9% na mesma comparação, para US$ 383,3 milhões.
"A demanda da indústria também melhorou no Brasil e nos mercados de exportação da América do Sul em comparação com a demanda afetada pela pandemia em 2020", afirmou a empresa. E acrescentou que melhores preços de commodities e as taxas de câmbio mais favoráveis garantiram maior lucratividade agrícola no continente.
Na Europa/Oriente Médio, as vendas somaram US$ 1,462 bilhão, aumento de 4% ante o terceiro trimestre do ano passado. A empresa salienta que no ano passado houve paralisações prolongadas das fábricas por causa da pandemia do novo coronavírus, mas que estes mercados já se recuperaram neste ano, e agricultores, bem como produtores de leite e de gado na Europa, estão apoiando o aumento da demanda de equipamentos em 2021. Na região Ásia/Pacífico/África, houve aumento de 2,2%, para US$ 240,7 milhões.
O desempenho foi motivado por uma forte execução operacional e pela demanda robusta do mercado, que produziram mais vendas, crescimento dos lucros e expansão das margens, disse o presidente do conselho da AGCO, Eric Hansotia. Em contrapartida, problemas com abastecimento de matérias-primas influenciaram nos resultados da empresa. "A companhia continua enfrentando interrupções sem precedentes na cadeia de suprimentos e logística, bem como inflação de custos de material e frete. As restrições da cadeia de suprimentos se intensificaram nas últimas semanas, limitando nossa capacidade de atender às nossas projeções de produção e vendas”, avaliou Hansotia.
A companhia apresentou uma visão de longo prazo ainda otimista, "com a expansão da demanda por grãos e novas tecnologias proporcionando oportunidades significativas para os agricultores".
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