Por Aramis Merki II
São Paulo, 16/11/2023 - A Núclea, antiga Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), fechou parceria com a Parfin e a Mobiup para construir uma infraestrutura própria na rede blockchain, a que é base dos criptoativos e também do Drex, o real digital. O acordo foi oficializado em novembro e as equipes das três empresas estão em fase de alinhamento técnico da parceria.
Com mais de 20 anos como infraestrutura interbancária no mercado brasileiro, a Núclea olha agora para a economia tokenizada em busca de diversificação de frentes de negócios. "Temos a incumbência de apoiar as Instituições Financeiras (IFs) nesse momento de evolução digital", afirma Leandro Sciammarella Pereira, gerente de sistemas TI da Núclea para tokenização e ativos digitais. A agenda tem sido colocada em destaque sobretudo pelo Banco Central (BC), que colocou em pé o piloto do Drex este ano e tem como um dos grandes entusiastas o presidente Roberto Campos Neto.
A Parfin é uma das principais fintechs da América Latina no desenvolvimento de infraestrutura blockchain. A empresa está presente em vários dos consórcios que participam dos testes do Drex e ainda é uma das candidatas a ser a prestadora de serviços para garantir privacidade na rede da moeda digital brasileira. Já a Mobiup é focada em estratégias de inovação digital, com experiência em projetos de desenvolvimento em blockchain e outras soluções tecnológicas em meios de pagamentos.
A infraestrutura que a Núclea usará é compatível com a Ethereum Virtual Machine (EVM), plataforma que também é a base da blockchain fechada do Drex. "A solução permite a tokenização de ativos com privacidade, alta escalabilidade e segurança, além de um sistema que possibilita a interoperabilidade com outras redes”, afirma Marcos Viriato, presidente executivo da Parfin.
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