São Paulo, 29/11/2018 - A Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) prevê crescimento de 3% para o setor em 2019. A projeção, segundo a presidente da entidade, Gabriella Michelucci, é respaldada pela expectativa de que o desemprego continuará recuando, embora lentamente, com a retomada da economia.
Para este ano, Gabriella estima crescimento entre 2% e 2,2%. Antes da greve dos caminhoneiros, a entidade previa expansão de 3,5% para 2018. No primeiro trimestre, lembra ela, o setor de papelão ondulado chegou a crescer acima desse patamar, com expansão de 3,6%. O desempenho alcançado neste ano, mesmo diante das dificuldades enfrentadas, segundo ela, apenas reforça o poder de resiliência do setor.
"Não posso deixar de mencionar o trágico cenário que vivemos durante a paralisação realizada pelos caminhoneiros em maio. Foram dez dias de muita tensão, que impactaram não apenas a economia, mas a vida de milhões de brasileiros que sofreram principalmente com a ausência de itens básicos e de transporte", afirmou, durante jantar de confraternização promovido pela associação. Em um mês, recorda Gabriella, o setor perdeu 66 mil toneladas em faturamento de embalagens de papelão ondulado. "Prejuízos que não serão repostos dentro do ano", disse.
Com relação aos próximos meses, a dirigente citou o recente recuo na taxa de desemprego e projeções de crescimento para o setor de shoppings entre os sinais que apontam para uma melhora na economia. "A visão dos estrangeiros sobre o Brasil está mais positiva agora", reforçou.
A mudança de comportamento dos consumidores em todo o mundo, na busca por um estilo de vida que privilegia produtos com preocupações ambientais, também foi destacada por Gabriella. "Nós temos em mãos nesse momento uma oportunidade única de promover ainda mais a possibilidade do setor de embalagens de papelão ondulado como a melhor solução para um futuro renovável", afirmou Gabriella. (Fabiana Holtz - fabiana.holtz@estadao.com)