Por Fernanda Guimarães
São Paulo, 20/05/2019 - A aceitação dos fundos de índices (ETF, na sigla em inglês) como garantia na clearing da B3 está na agenda da Bolsa para este ano, disse há pouco o presidente da B3, Gilson Finkelsztain. O executivo participa do lançamento do ETF de renda fixa do Itaú Unibanco, o segundo negociado na bolsa brasileira e o primeiro atrelado à inflação.
O executivo disse que outra iniciativa da companhia, no âmbito dos ETFs, será permitir o empréstimo de cotas desse fundo, de forma a facilitar a negociação. “É nosso papel facilitar o acesso a esse tipo de produto, consagrado nos mercados globais”, afirmou. O primeiro ETF de renda fixa foi lançado no ano passado pela Mirae, depois de anos para que a regulamentação para o produto, incluindo questões tributárias, fosse fechada.
Finkelsztain disse, ainda, que o ETF de renda fixa traz uma série de vantagens ao investidor, como liquidez, transparência e eficiência tributária. “Há uma busca do investidor por produtos eficientes”, afirmou.
O subsecretário de dívida pública do Tesouro Nacional, José Franco, disse ser entusiasta do produto, que segundo ele ajudará a política de gestão da dívida pública. A alíquota de imposto é de 15% no resgate e não tem "come-cotas", a tradicional tributação semestral dos fundos de renda fixa.
O Itaú Unibanco registrou uma captação de R$ 1,998 bilhão em seu fundo de índice, o IMAB11. Ao todo foram distribuídas 29,6 milhões de cotas a um valor de R$ 67,50. Contribuiu a elevada liquidez na mão dos investidores na semana passada, por conta de um vencimento de NTN-B de R$ 50 bilhões. O ETF do Itaú replica uma cesta com papéis atrelados à inflação (e o índice IMA-B). O início das negociações na B3 ocorre hoje.
(fernanda.guimaraes@estadao.com)
