or Anne Warth
Brasília, 10/08/2020 - O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o governo deverá manter 45% de participação na Eletrobras após a privatização da companhia. Em live com o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), Albuquerque disse que o Estado não tem recursos para investir, o que fez com que a Eletrobras perdesse relevância no setor.
Segundo o ministro, a Eletrobras não participa de leilões de geração e transmissão de energia há muitos anos, o que fez com que a participação da empresa nesses segmentos caísse para 30% e 47%, respectivamente.
Para privatizar a Eletrobras, o governo precisa do aval da Câmara e do Senado. O projeto de lei enviado ao Congresso em novembro do ano passado, no entanto, ainda não possui nem comissão especial, nem relator.
Apesar disso, o ministro manteve a previsão de aprovação do projeto de lei pelo Legislativo ainda neste ano, o que permitiria que a capitalização ocorresse no primeiro semestre de 2021. A proposta prevê que nenhum novo investidor possa deter mais de 10% da companhia, com exceção da União, que reduziria sua participação dos atuais 60% para 45%. "A Eletrobras será mais pujante e vai gerar empregos. É nisso que estamos trabalhando, e Congresso terá importante participação para viabilizar", disse Albuquerque.
Contato: anne.warth@estadao.com
