Economia & Mercados
26/07/2021 11:38

CBIC/Ieda: Atividade da construção em junho chegou 51 pontos; média histórica é 45,6


Por Circe Bonatelli

São Paulo, 26/07/2021 - O setor da construção vem apresentando melhora no nível de atividade após recuo no começo do ano, apontou a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.

Desde abril, o setor vem registrando avanço no ritmo de atividades e, em junho, marcou 51 pontos no Índice de Nível de Atividade, apurado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O resultado indica que o setor voltou para o campo positivo. O índice vai de 0 a 100 pontos, sendo que pontuação acima de 50 representa um nível de atividade positivo. O resultado também representa um desempenho acima da média história do setor, de 45,6 pontos.

Com esse desempenho, a construção praticamente voltou ao mesmo nível de atividade registrado em setembro de 2020, quando marcou 51,2 pontos. "A construção está entrando no segundo semestre no campo positivo", disse Vasconcelos. "Há três meses consecutivos setor vem registrando atividade acima da média".

Na apuração da média trimestral, o setor marcou 48,6 pontos no segundo trimestre, o melhor desempenho para o período desde 2012. "Ou seja, o setor está produzindo mais", disse.

Entre o fim de 2020 e o começo de 2021, a construção foi afetada pelo recrudescimento da pandemia, paralisação de vários setores da economia e elevação da incerteza sobre os rumos do País.

A atividade de construção também foi duramente impactada pela disparada nos custos dos materiais, que inibiram o início de novos projetos, lembrou a economista.

A recuperação da construção tem se traduzido em criação de novos postos de trabalho. Entre maio de 2020 - quando a pandemia abalou profundamente a economia - e junho deste ano, foram criados 300 mil postos no setor, passando de 2,1 milhões para 2,4 milhões.

O presidente da CBIC, José Carlos Martins, disse que há potencial para retomar a marca de 3 milhões de vagas de emprego, como já foi registrado anos atrás. Mas isso depende da dissipação de incertezas, como a do aumento dos custos dos insumos, que inviabilizam muitos projetos.

Contato: circe.bonatelli@estadao.com
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