Economia & Mercados
04/07/2018 20:49

Bradesco espera crescimento da sua carteira de crédito para pessoa física


O Bradesco espera crescimento da sua carteira de crédito para pessoa física no segundo semestre, enquanto a liberação de recursos para empresas deve ter apenas uma alta discreta, de acordo com estimativa do presidente da instituição financeira, Octavio de Lazari Junior.

"Temos expectativa boa de crescimento da carteira de crédito para pessoa física. Será um crescimento moderado, sem nenhuma explosão, mas, no atual quadro de muitas incertezas e volatilidades do mercado, será um crescimento bom", afirmou, em entrevista ao Broadcast durante evento com empresários.

Segundo Lazari, o avanço dos financiamentos tende a ser concentrado nos setores de imóveis, veículos e consignado, que têm taxas de juros mais baixas e prazo longo.

"O segundo semestre ainda é um período em que estamos na expectativa do que pode melhorar a economia nacional. Mas, independente disso, temos que fazer nosso trabalho. Sempre tem alguém buscando comprar um imóvel ou trocar o carro. Então temos que buscar essas oportunidades para crescer", frisou.

No caso do financiamento destinado a pessoas jurídicas, Lazari explicou que a expectativa é de um avanço pequeno, considerando que as empresas permanecem receosas em realizar investimentos. Portanto, a carteira de crédito deve aumentar baseada na concessão de recursos para capital de giro e reposição de estoques basicamente. "Na pessoa jurídica, o crescimento será menor", sintetizou.

Questionado, Lazari admitiu que a recuperação judicial das empresas de vários setores ainda é um tema que preocupa o setor bancário, mas ponderou que o pior já passou. O executivo defendeu ainda a necessidade de ajustes na lei de recuperação judicial para que esse trâmite seja mais ágil e capaz de preservar tanto os credores quanto a continuidade operacional das empresas.

Em relação à greve dos caminhoneiros, Lazari disse que os impactos sobre o volume diário de concessão de crédito foi pontual, com redução nas liberações durante cerca de cinco dias. "Nos dias de paralisação, as pessoas tiveram dificuldades para se deslocar e ir até as agências.
Percebemos uma queda (na concessão de crédito) durante uns cinco dias. Mas foi uma barriga que cresceu e depois voltou. Houve diminuição nos volumes diários, mas logo depois voltou aos patamares normais", explicou.
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