Economia & Mercados
18/11/2019 17:59

Braskem/Musa sobre Maceió: hoje não temos condição de fazer estimativa de provisão


Por Cristian Favaro

São Paulo, 18/11/2019 - O Diretor Presidente da Braskem, Fernando Musa, afirmou que ainda é cedo para fazer alguma projeção sobre o capital a ser provisionado diante dos acontecimentos em Alagoas. "Seguimos no diálogo com autoridades para entender com eles o plano de fechamento. Hoje não temos condição de fazer estimativa de provisão", disse, durante conferência com jornalistas para comentar os resultados do terceiro trimestre de 2019.

A Braskem é alvo de ações judiciais que somam quase R$ 40 bilhões por conta de supostos prejuízos causados por atividade de mineração em Maceió (AL). Na semana passada, a petroquímica anunciou o fim das atividades de extração de sal-gema na cidade. Ruas e casas apresentam rachaduras e desníveis, e autoridades dizem que três bairros estão afundando por conta das operações da empresa.

De acordo com Musa, a empresa recebeu os últimos relatórios sobre o caso de Maceió na terça-feira passada (12). "Estamos trabalhando no detalhamento do plano de ação para o fechamento das minas. Os números de 400 imóveis e 1.500 pessoas é preliminar", disse. O executivo ponderou que esses números podem sofrer ajustes para mais ou para menos diante das conclusões dos estudos.

O executivo foi questionado ainda sobre baixa de ativos diante dos acontecimentos em Maceió. Ele lembrou que a empresa já realizou baixa de R$ 100 milhões, no caso da Braskem ser considerada culpada, sendo R$ 3 milhões específicos para a mineração. A empresa ainda tem R$ 6,4 bilhões em seguro garantia.

"A gente vem evoluindo nessa discussão. Como as plantas de PVC seguem operando e nós estamos trabalhando na identificação de alternativas para que a planta de cloro-soda volte a operar em algum momento no primeiro semestre do ano que vem, não há expectativa de baixa de ativo com relação à planta de cloro-soda", explicou.

Musa disse ainda que a empresa já levantou algumas possíveis saídas para o problema, como trazer sal do Rio Grande do Norte para que a planta possa operar. "Em paralelo, seguimos buscando outra área, na zona rural dentro de Alagoas, para que a gente possa fazer mineração no estado no futuro um pouco mais para frente", afirmou.

Contato: cristian.favaro@estadao.com
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