Por Juliana Estigarríbia
São Paulo, 03/08/2022 - A demanda global de carga (CTK) no primeiro semestre de 2022 recuou 4,3% sobre igual período de 2021, mas avançou 2,2% sobre 2019, nível pré-covid, informou nesta quarta-feira a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês). Nas operações internacionais dos seis primeiros meses do ano, houve retração de 4,2% na demanda.
Em junho, a demanda global de carga ficou 6,4% abaixo do mesmo período de 2021. Segundo a entidade, o resultado representou uma melhoria em relação à queda de 8,3% observada em maio na comparação anual. Em junho, a demanda internacional recuou 6,6% sobre junho de 2021.
Já a capacidade, em junho, ficou 6,7% acima do mesmo período de 2021, com avanço de 9,4% nas operações internacionais. No primeiro semestre, houve aumento de 4,5% da oferta global e alta de 5,7% nas operações internacionais.
De acordo com a IATA, o avanço em junho ocorre à medida que os bloqueios na China, num ambiente de variante Ômicron, foram afrouxados. América Latina e África também contribuíram para o crescimento com volumes mais fortes, destacou.
Conforme a entidade, os novos pedidos de exportação - um indicador importante da demanda de carga e do comércio mundial - diminuíram em todos os mercados, exceto na China. A guerra na Ucrânia também continua prejudicando a capacidade de carga para servir a Europa, já que várias companhias aéreas sediadas na Rússia e na Ucrânia foram os principais players do setor.
“O desempenho foi forte no primeiro semestre, principalmente considerando as contínuas restrições da cadeia de suprimentos e a perda de capacidade devido à guerra na Ucrânia. As incertezas econômicas atuais tiveram pouco impacto na demanda por carga aérea, mas o desenvolvimento (do mercado) precisará ser monitorado de perto no segundo semestre”, disse em nota o diretor geral da IATA, Willie Walsh.
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