Economia & Mercados
10/08/2017 20:41

Petrobras tem novo patamar de custo de extração no pré-sal, diz diretora


A Petrobras atingiu um patamar de custo de extração de óleo no pré-sal inferior a US$ 7 por barril, quase a metade do custo registrado em 2014. Para efeito de comparação, o custo médio de extração total da companhia no Brasil e no exterior ficou em US$ 10,8 por barril no primeiro semestre. "Estarmos com US$ 7 por barril é um feito. A produtividade (dos poços do pré-sal) ajudou", disse a diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes, em entrevista coletiva.

Ela destacou um acelerado desenvolvimento da produção no pré-sal, que em junho superou a da camada pós-sal no País. Em 19 de junho, a produção da Petrobras no pré-sal bateu 1,42 milhão de barris por dia, um recorde.

O presidente da companhia, Pedro Parente, indicou que isso pode elevar o interesse da estatal por áreas do pré-sal. "Temos realmente um approach para leilões que é participar de áreas relevantes para continuar o esforço exploratório. Esse número (do custo de extração) mostra viabilidade maior dos campos do pré-sal", disse, ao ser questionado se o novo patamar de custo de extração impulsionaria propostas da companhia nos próximos leilões de pré-sal.

A diretora de E&P disse que a companhia está comemorando a nova descoberta de acumulação de petróleo no pré-sal na Bacia de Campos, localizada na área do Campo de Marlim Sul e divulgada nesta quinta-feira, 10. É a primeira descoberta comercial da área. Segundo ela, as descobertas são rentáveis por estarem em região de extensa estrutura. Os investimentos já realizados na área devem ajudar sua rentabilidade, disse.

A diretora reafirmou que a companhia mantém sua meta de produção de 2,070 milhões de barris de petróleo por dia em 2017. A Petrobras conectará ainda em 2017 dois novos poços produtores à plataforma P-66, em Lula Sul. Para o terceiro trimestre é esperada a entrada da plataforma Pioneiro de Libra em teste de longa duração, fase que antecede o sistema de produção definitiva. A licença ambiental já foi concedida e a empresa aguarda a conexão do primeiro poço para entrada em produção no terceiro trimestre.

Por outro lado, Solange disse que haverá um atraso no início da operação da P-67, que passará de final de 2017 para o primeiro trimestre de 2018. Eventualmente pode haver também reprogramação do prazo da plataforma FPSO Cidade de Campos de Goytacazes, destinada à produção de petróleo em Tartaruga Verde e Tartaruga Mestiça.
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