Retransmitimos nota publicada ontem às 22h44
Por Wagner Gomes
São Paulo, 03/11/2021 - O balanço do terceiro trimestre da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) mostrou uma assimetria nos negócios. A empresa foi beneficiada pela siderurgia e cimento em razão do bom momento no mercado interno, mas sem os efeitos extraordinários da mineração observados no primeiro semestre do ano. Daqui para a frente, o mercado deve observar se esse mesmo movimento vai ou não continuar. O que se sabe é que com a desaceleração da economia chinesa e sua busca por energia limpa, o preço do minério despencou e vai impactar nesta área.
Juros mais altos - Os preços estão firmes no cenário internacional e a demanda é boa tanto lá fora quanto no Brasil, diante da retomada de vacinação e evolução nos setores de automóveis e construção civil. Mas a alta dos juros pode impactar a demanda e os negócios da CSN no próximo ano.
Custos elevados - Os custos da CSN, de uma forma geral, estão pressionados, principalmente carvão e energia, e devem ficar no radar dos analistas daqui pra frente. No terceiro trimestre, o custo dos produtos vendidos totalizou R$ 5,942 bilhões, 16% menor em comparação com o segundo trimestre, em razão, principalmente, da diminuição do volume de vendas nos segmentos de mineração e siderurgia. A empresa diz que a situação está em linha com a estratégia comercial de priorizar margens em detrimento de volume e acabou por compensar a evolução do custo de algumas matérias-primas necessárias para o processo produtivo.
Consumo formiga - O setor de cimentos é outro ponto a ser observado com atenção. A expectativa é boa até meados de 2022, mas sempre sem perder de vista a alta dos juros e seus efeitos na demanda no mercado interno, sobretudo no consumo formiga, basicamente aquelas pequenas reformas que todo mundo faz em casa.
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