Economia & Mercados
14/01/2021 13:27

Oi/Loyo: Não afastamos possibilidade do Cade pedir ajuste no plano de segregação da Oi Móvel


Por Circe Bonatelli

São Paulo, 14/01/2021 - A diretora de Finanças e Relações com Investidores da Oi, Camille Loyo Faria, afirmou que a venda da rede móvel para o consórcio formado pelas rivais Vivo, Claro e TIM, em negócio de R$ 16,5 bilhões fechado em dezembro, não deve ter recusa do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). No entanto, ela considera a possibilidade de que o órgão antitruste estabeleça "remédios" para evitar o excesso de concentração do mercado.

"Não afastamos a possibilidade de o Cade pedir algum ajuste no plano de segregação (da rede móvel), Mas não vislumbramos hipótese de recusa de forma alguma", declarou há pouco durante entrevista ao vivo transmitida pela Genial Investimentos.

Loyo explicou que a proposta de divisão da Oi Móvel entre as concorrentes prevê o fatiamento dos ativos de modo que não haja concentração de espectro e clientes em nenhuma das operadoras. "Os três fizeram um plano de segregação cuidadoso, de modo a respeitar as regras regulatórias", afirmou. "Acreditamos que isso será suficiente para mitigar (os efeitos da redução do número de concorrentes com a saída da Oi).

Ela estimou ainda que o Cade deve usar o prazo legal máximo de um ano para avaliação da venda. "Podemos ter uma surpresa positiva de o Cade não tomar o prazo inteiro. Mas não vemos risco de ultrapassar o prazo máximo regulamentar".

A diretora comentou ainda que vê de forma "natural" questionamentos de outras partes interessadas. "Tudo que envolve a Oi tem muita visibilidade", afirmou. A Algar Telecom pediu nesta semana ao Cade que avalie a suspensão do processo, sob o argumento de que Vivo, TIM e Claro agiram em consórcio no leilão e criaram um centro de decisão econômico com poder de monopólio, conforme noticiou o portal Teletime.

Contato: circe.bonatelli@estadao.com
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