Por Cristian Favaro
São Paulo, 23/11/2020 - O ano de 2020 ficará marcado na história da aviação e por um motivo ruim: a grave crise da covid-19. Apesar da retomada aos poucos do tráfego aéreo, sobretudo no mercado doméstico global, o setor ainda está em alerta por causa da pandemia. “Não podemos esperar a chegada da vacina antes de abrirmos as fronteiras dos países. Precisamos dessa abertura antes, para retomarmos a economia, salvar empregos e sustentar o setor aéreo”, disse Alexandre de Juniac, diretor-presidente da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
A fala de Juniac foi feita na abertura da 76ª Assembleia Geral Anual (AGM) e da Cúpula Mundial do Transporte Aéreo, na manhã desta segunda-feira. A programação toda deveria ter ocorrido na metade deste ano em Amsterdã, mas foi postergada para novembro. A pandemia, entretanto, impossibilitou a realização presencial do evento, que foi transferido para uma versão online pela primeira vez. A agenda de reuniões começa hoje e vai até o dia 25.
“A Iata focou na pandemia, em como garantir que nossos membros receberiam os recursos e mudanças na regulação necessárias para a sobrevivência do setor”, disse Juniac, destacando o trabalho constante com organizações de saúde e órgãos globais.
Juniac destacou ainda que a população global quer voltar a voar, mas que as medidas de quarentena estão impedindo isso. “Os passageiros tratam a quarentena (obrigatória após a viagem) como um fechamento total de fronteiras”, disse. Ele apontou ainda que o setor já dispõe de ferramentas para retomar o tráfego aéreo com segurança.
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