São Paulo, 05/07/2018 - O presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, informou que a expectativa da empresa é ter os documentos definitivos de sua parceria com a norte-americana Boeing até outubro ou novembro deste ano para poder submetê-los ao governo brasileiro. Durante a teleconferência com investidores e analistas, o executivo reiterou mais de uma vez a previsão de enviar os documentos para o governo atual, que já acompanhado o caso através do grupo de trabalho.
No mês seguinte, em dezembro, os termos da parceria serão colocados para aprovação em assembleia de acionistas, complementou Silva.
O vice-presidente de Relações com Investidores da Embraer, Nelson Salgado, disse não prever grandes dificuldades para conseguir as aprovações regulatórias de órgãos de defesa concorrencial. Para que a nova empresa possa começar a operar, a Embraer terá que conseguir a aprovação desses órgãos em todos os mercados em que atua.
Questionados do porquê os planos de uma joint venture saíram neste momento, sendo que a Boeing já havia sondado o mercado de jatos regionais há alguns anos, o presidente da Embraer citou a dinâmica atual do mercado aeroespacial. "Players chineses podem ser tornar importantes no futuro (...) foram muitos movimentos do mercado que nos levaram a pensar que parceria agora faz sentido", disse.
A administração da companhia salientou que a Embraer já trabalha com a Boeing em várias iniciativas, como no desenvolvimento de biocombustível de aviação sustentável e nas vendas do cargueiro militar KC-390. "E as sinergias em cadeia de suprimentos se estenderão para a Aviação Executiva e Defesa", disse Salgado, se referindo às duas áreas que ficarão sob o guarda-chuva exclusivo da Embraer. (Letícia Fucuchima - leticia.fucuchima@estadao.com)
